GOP: Portugal aposta no aprofundamento da politica europeia e externa
O Governo português defende que as prioridades da ação externa para o ciclo 2020-2023 assentam na "continuidade e o aprofundamento dos eixos e objetivos estratégicos da política europeia e externa".
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Política GOP
A definição está prevista nas Grandes Opções do Plano (GOP) 2020-2023, segundo uma versão enviada ao Conselho Económico e Social e a que a agência Lusa teve hoje acesso.
Segundo o documento, as prioridades da ação externa estão estruturadas em torno de duas "medidas fundamentais".
A participação ativa na construção europeia, "promovendo uma agenda progressista, defendendo os valores europeus e o Estado de Direito, desenvolvendo a convergência económica e social e reforçando o papel da Europa no Mundo", e o apoio ao "multilateralismo e o sistema das Nações Unidas, consolidando o protagonismo de Portugal nas principais organizações e agendas".
Referindo-se à saída do Reino Unido da União Europeia, o Governo diz que os desenvolvimentos desse processo "serão devidamente acompanhados, de forma a acautelar os interesses nacionais em qualquer cenário, e promovendo, chegado o momento, a negociação de uma relação futura tão próxima e profunda quanto possível".
"A construção da política externa e de segurança comum continuará a contar com a participação empenhada de Portugal, com particular atenção para o seu desenvolvimento no contexto multilateral", acrescenta-se.
O Governo vai também "garantir a participação ativa no Sistema das Nações Unidas, designadamente nas missões de paz e segurança, na defesa e promoção dos direitos humanos, na promoção da educação, ciência e cultural, apoiando o mandato do secretário-geral das Nações Unidas e prosseguindo a campanha para a eleição de Portugal para o Conselho de Segurança, no biénio de 2027-2028".
Relativamente ao desenvolvimento das relações bilaterais, as Grandes Opções do Plano destacam que "será dada prioridade ao fortalecimento das relações com os países mais próximos, como a Espanha, o Reino Unido, considerando o contexto pós-'Brexit', a França, a Alemanha e os Estados Unidos".
Trata-se, justifica-se no documento, de afirmar o "papel indispensável de Portugal na ligação entre a Europa, o Atlântico Norte e o resto do mundo".
O reforço da rede diplomática, "através da abertura de novas embaixadas na Europa e fora da Europa, bem como a realização de visitas bilaterais" são o instrumento evocado pelo Governo para a "continuidade e aprofundamento da política europeia e externa".
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