Chega acusa Moedas de "dar trocos" aos lesados, PSD contesta
O Chega acusou esta quarta-feira o presidente da Câmara Municipal de Lisboa de querer "dar trocos" às populações, com o PSD a responder que três milhões de euros é o valor total previsto pelo Governo para emergências municipais.
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Depois de, esta quarta-feira de manhã, o PS ter inviabilizado uma audição de Carlos Moedas no parlamento pedida pelo Chega sobre as consequências do mau tempo dos últimos dias em Lisboa, o partido voltou a trazer o tema ao plenário da Assembleia da República.
Numa declaração política, o deputado Bruno Nunes começou por acusar o Governo de falta de prevenção e cuidado no ordenamento do território e de não defender as carreiras dos que prestam auxílio às carentes, como bombeiros e polícias.
"No verão discutimos a falta de limpeza das matas, no inverno a falta de limpeza das sarjetas. Temos um problema de falta de limpeza com este Governo", acusou.
O deputado do Chega apontou responsabilidades diretas a António Costa, acusando-o de ter colocado "na gaveta" o plano de drenagens de Lisboa quando era presidente da Câmara, o que mereceu protestos por parte da bancada do PS.
Já quanto ao social-democrata Carlos Moedas, Bruno Nunes acusou-o de se "passear de forma populista" pelos locais afetados pelas cheias e de apenas prometer um apoio de três milhões de euros, quando a Câmara tem um orçamento "de mais de um bilião de euros".
"Carlos Moedas, não são moedas, são trocos o que está a dar aos lisboetas", criticou.
Na resposta, o deputado do PSD Luís Gomes acusou o Chega de atacar o PSD para "branquear a incapacidade de prevenção do Governo".
"O presidente da CML prevê um auxílio às pessoas lesadas igual ao valor do fundo de emergência municipal que o PS dotou no Orçamento do Estado para todo o país", disse.
O deputado salientou que o PSD propôs, em sede de discussão orçamental, "reforçar o fundo de emergência municipal", mas tal foi chumbado pelo PS, e que na próxima semana apresentará uma iniciativa para alterar o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), anunciou na terça-feira, em entrevista à TVI, que pretende criar um fundo de, pelo menos, três milhões de euros para apoiar os comerciantes e particulares que sofreram prejuízos com o mau tempo.
"Vou propor à Câmara Municipal [de Lisboa] um fundo para ajudar estas pessoas de, pelo menos, três milhões de euros. Estou a fazer os cálculos. É importante que as pessoas saibam que a Câmara Municipal vai actuar rapidamente. Nós temos de ajudar as pessoas neste momento, exatamente porque não temos a solução estrutural", afirmou Carlos Moedas.
Apesar de a liderança da Câmara de Lisboa querer seguir com este apoio, Carlos Moedas reconheceu que este é "insuficiente" e defendeu a necessidade de o Governo ser célere com os apoios que irão disponibilizar.
"O governo tem de ajudar já. Tem de ser rápido", apelou.
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