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Pizarro quer que Câmara compre ex-colégio Almeida Garrett à universidade

O vereador do PS da Câmara do Porto, Manuel Pizarro, defendeu hoje que a autarquia deve comprar o ex-colégio Almeida Garrett, património que a Universidade do Porto (UP) quer vender por 6,1 milhões de euros.

Pizarro quer que Câmara compre ex-colégio Almeida Garrett à universidade
Notícias ao Minuto

13:53 - 15/11/17 por Lusa

Política Vereadores

"Eu entendo que a posição mais correta será a Câmara Municipal do Porto propor-se a adquirir aquele imóvel pelo preço que foi licitado", declarou à Lusa o vereador do PS e presidente da Federação Distrital do Porto do PS, Manuel Pizarro, acrescentando que vai "hoje mesmo escrever ao presidente da Câmara do Porto" para tentar saber se a autarquia "foi ou não foi consultada sobre esta operação imobiliária".

Para Pizarro "é muito relevante" perceber se a câmara foi ou não consultada.

"Tem de se saber qual foi a posição que tomou", asseverou o também vereador socialista na Câmara do Porto, reafirmando, "em nome do Partido Socialista", que a autarquia deve contactar a Universidade do Porto "propondo-se a adquirir o imóvel pelo preço da licitação", cujo valor é 6,1 milhões de euros.

O ex-colégio Almeida Garrett, no Porto, está inserido num terreno com uma área total de 8.520 metros quadrados, espaço equivalente a oito campos de futebol, e foi vendido em hasta pública à Real Douro - Promoção e Gestão Imobiliária, com sede no Marco de Canaveses.

"Aquele espaço é de enorme importância para a cidade do Porto, desde logo sobre o ponto de vista ambiental e também sobre o ponto de vista da utilização sobre o que pode ser feito daquele equipamento", explica Manuel Pizarro, defendendo que aquele edifício está no "coração do Porto" e deve ser transformado num espaço público, por ter um "enorme valor ambiental".

Haverá, depois, "muito tempo" para discutir a utilização do terreno e edifício do ex-colégio Almeida Garrett que podem ter "inúmeras atividades de interesse público", considerou Manuel Pizarro, manifestando, todavia, "total respeito pela autonomia da UP em relação à gestão do seu património" e que essa autonomia deve ser preservada para que a universidade possa obter as receitas de que necessita para "valorizar e manter muito do património que tem na cidade do Porto".

A Real Douro, Promoção e Gestão Imobiliária venceu o concurso público que a UP lançou no verão transato para alienação do ex-colégio Almeida Garrett.

Fonte da UP referiu que, entre as três propostas apresentadas, a da Real Douro, no valor de 6,1 milhões de euros, foi a que ofereceu o preço mais alto, sendo a vencedora do concurso.

"A concretização da venda [do imóvel] está ainda em tramitação processual", ressalvou a fonte, adiantando que a escritura pública está prevista para janeiro próximo.

De acordo com o anúncio que foi publicado em 29 de junho em Diário da República, a "alienação ou concessão do direito de superfície do prédio designado ex-colégio Almeida Garrett" tinha como preço base 4,768 milhões de euros.

A UP definiu como critérios de adjudicação "a proposta economicamente mais vantajosa" ou o preço mais elevado, em caso de venda.

O Bloco de Esquerda anunciou na terça-feira que ia pedir ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, mas também à UP e à Câmara do Porto um esclarecimento sobre qual o uso que terá o ex-colégio Almeida Garrett adquirido pela Real Douro, Promoção e Gestão Imobiliária.

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