O Tesla Model Y chegou ao mercado português no final de agosto e, à medida que os primeiros clientes da empresa norte-americana receberam os seus veículos, o Notícias ao Minuto teve a oportunidade de andar pela primeira vez no mais recente carro elétrico da marca.

O Model Y é um SUV compacto e pode considerar-se que está para o Model X como o Model 3 está para o Model S. Significa isto que se trata de um veículo de maiores dimensões, o que felizmente também corresponde a um maior espaço no interior - tanto para os ocupantes como na bagageira.

Tal como já havia acontecido com o Model 3, o Model Y mantém grande parte dos elementos diferenciadores dos restantes veículos da marca. O tablier mais ‘limpo’ com ecrã tátil orientado horizontalmente, a interface mais intuitiva do painel de instrumentos, assim como os acabamentos e materiais mais elegantes.

Fica claro logo à partida que o Model 3 foi um ponto de referência e será possível encontrar diversos paralelismos com o Model Y. No entanto, notam-se também algumas ‘inspirações’ no Model X, sobretudo no teto panorâmico. Enquanto no SUV é vidro frontal se prolonga até cerca de metade do tejadilho, no Model Y é possível encontrar um teto completamente panorâmico, que atravessa o tejadilho praticamente na íntegra.

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Esta escolha da Tesla ajuda a tornar o habitáculo menos claustrofóbico e confere a ilusão que o Model Y é ainda mais espaçoso do que é na realidade. Ainda que seja muito agradável andar com o Model Y num dia de sol, acreditamos que o efeito conseguido com o carro a deslocar-se num dia de chuva deverá ser ainda mais especial.

No que diz respeito à bagageira, a Tesla adianta que o Model Y tem mais de 2 mil litros de espaço disponível graças aos bancos rebatíveis. Ainda que não nos tenha sido possível comprová-lo, conseguimos deitar-nos integralmente na parte traseira do carro com os bancos ‘deitados’. Quem sabe, o Model Y pode até tornar-se o carro de campismo que procurava. 

Nota ainda para o espaço disponível por baixo do 'capot', ainda mais espaçoso do que no Model Y e com isolamento para garantir que o que quiser guardar neste compartimento fica armazenado de forma segura. 

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Quanto ao desempenho, o Model Y teve uma nota bastante positiva nestas primeiras impressões. O arranque consegue ser suave e, nas curvas, o carro mostra-se bastante confiável e robusto - nada portanto que não estivéssemos à espera de um SUV deste tipo.

Porém, tal como acontece com o Model X, a verdadeira surpresa está no arranque desportivo em que a potência de aceleração contrasta fortemente com as grandes dimensões do carro. Numa destas acelerações, passar-lhe-á certamente pela cabeça a pergunta de como um carro tão grande pode acelerar tão rapidamente.

Durante este primeiro passeio não foi possível tirar conclusões a respeito da bateria, consumo de energia e recarregamento, pelo que tais considerações terão de ficar reservadas para um maior período de ensaio.

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Tivemos no entanto a oportunidade de voltar a ter contacto com o Autopilot, sistema semi-autónomo que parece estar mais perspicaz e atento ao que se passa em redor do veículo. O resultado dos (muitos) sensores e câmaras equipas em redor do Model Y.

Numa situação real, por exemplo, conseguimos percorrer praticamente toda a 2.ª Circular, em Lisboa, com o Autopilot ativo a ajustar a velocidade do Model Y aos carros em voltae, de vez em quando, até trocámos de via com um toque mais prolongado no manípulo da esquerda.. Naturalmente, o Autopilot foi operado tal como mandam as regras da Tesla, com as duas mãos no volante e o condutor pronto a entrar em cena caso tal fosse necessário.

Ao entrarmos pela primeira vez no Model Y temíamos que a premissa do carro se perdesse um pouco perante as propostas dos outros três modelos mas, surpreendentemente, o carro consegue dar os argumentos certos para que seja (também ele) considerado aos olhos dos interessados em carros elétricos e seguidores da Tesla.

Tudo somado, este primeiro passeio com o Model Y foi uma experiência positiva que esperamos voltar a repetir em breve.

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