Ativistas pedem à que Tesla encerre 'showroom' devido a direitos humanos
Ativistas norte-americanos apelaram hoje à fabricante de veículos elétricos Tesla para que encerre um espaço para exibições na região de Xinjiang, onde as autoridades são acusadas de abusos contra minorias étnicas muçulmanas, como os uigures.
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Tech Tesla
A Tesla anunciou na sexta-feira a abertura do espaço em Urumqi, a capital de Xinjiang.
O Conselho para as Relações Americano-Islâmicas, uma organização norte-americana com sede em Washington, instou a Tesla e o seu presidente, Elon Musk, a fechar o espaço e a "cessar o que equivale a um apoio económico ao genocídio".
A pressão sobre as empresas estrangeiras para que tomem posições em Xinjiang, Tibete, Taiwan e outras questões politicamente sensíveis tem aumentado.
O Partido Comunista, no poder, pressiona as empresas a adotarem as suas posições e atacou marcas de têxteis que expressaram preocupação com relatos de trabalho forçado e outros abusos em Xinjiang.
"Nenhuma empresa americana deve fazer negócios numa região que é o ponto focal de uma campanha de genocídio visando uma minoria religiosa e étnica", disse o diretor de comunicações do grupo, Ibrahim Hooper, em comunicado.
Ativistas e governos estrangeiros dizem que cerca de um milhão de uigures e membros de outras minorias, principalmente muçulmanas, foram confinados em campos de detenção em Xinjiang.
As autoridades chinesas rejeitaram as acusações de abusos e disseram que os campos servem para treino vocacional e para combater o extremismo.
Na sexta-feira, a agência de disciplina do Partido Comunista ameaçou a Walmart Inc. com um boicote, depois de alguns consumidores reclamarem 'online' de que não conseguiam encontrar produtos de Xinjiang nas suas lojas Walmart e Sam's Club na China.
Em dezembro, a Intel Corp., a maior fabricante mundial de chips de computador, pediu desculpa, após ter pedido aos fornecedores que evitassem comprar produtos de Xinjiang, depois de a imprensa estatal chinesa ter criticado a empresa e apelado a um boicote.
Os Estados Unidos proibiram a importação de bens fabricados em Xinjiang, a menos que seja demonstrado que não foram feitos por meio de trabalho forçado.
A China é um dos maiores mercados da Tesla. A primeira fábrica da empresa fora dos Estados Unidos foi inaugurada em Xangai em 2019.
Outras marcas de automóveis estrangeiras, incluindo Volkswagen, General Motors e Nissan Motor Co., têm espaços para exibições em Xinjiang, operados por parceiros chineses.
A VW também opera uma fábrica em Urumqi.
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