A Tesla está a ser processada no estado da California, EUA, pela entidade que tutela o emprego e a habitação (Department of Fair Employment and Housing) devido à forma como os trabalhadores são tratados na fábrica de Fremont.

Como conta o The Wall Street Journal, a agência governamental diz ter recebido “centenas de queixas de trabalhadores” a respeito de discriminação e racismo.

O responsável pela agência, Kevin Kish, afirmou em comunicado que tem provas de que a fábrica da Tesla na California é “um ambiente de trabalho segregado onde os trabalhadores negros são sujeitos a insultos raciais e discriminados em atribuições de trabalho, disciplina, pagamento e promoções, cirando um ambiente de trabalho hostil”.

Em reação, a Tesla partilhou uma publicação de blogue onde dá conta de todas as medidas que criou para combater discriminação na sua fábrica. “A Tesla sempre disciplinou e despediu trabalhadores que não se saibam comportar, incluindo aqueles que usam insultos racistas ou assediam outros de diferentes formas”, pode ler-se no comunicado da empresa.

Nos últimos meses, vários trabalhadores e antigos colaboradores do grupo dirigido pelo milionário Elon Musk apresentaram queixas para denunciar casos de assédio sexual ou de discriminação racial na empresa.

Em outubro, um júri californiano condenou a Tesla a pagar 137 milhões de dólares (cerca de 120 milhões de euros) em indemnizações e juros a um antigo funcionário negro por ter fechado os olhos ao racismo de que era vítima numa das fábricas do grupo.

A empresa indicou que pretende pedir ao tribunal para suspender o processo, de modo a garantir que todos os factos e provas são tidos em conta.

O construtor automóvel, que insistiu também ser o único ainda instalado na Califórnia, disse lamentar que a agência estatal não tenha comunicado as acusações específicas sobre as quais se baseou a queixa.

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