Robôs e humanos cooperam para acelerar construção de parque solar
A EDP está a testar a construção do seu primeiro parque solar com recurso a tecnologia de automação, em Espanha, numa cooperação entre robôs e trabalhadores que pretende reduzir os tempos de construção e, assim, atingir as metas climáticas europeias.
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A cerca de 20 minutos de Valladolid, encontra-se em construção o Parque Solar Fotovoltaico Peñaflor, da EDP, onde um grande braço robótico desenvolvido pela italiana Comau - com várias décadas de experiência na indústria automóvel -- já está a ser usado para a instalação de três megawatts (MW), dos 122 MW totais de capacidade do parque, que deverá estar concluído no final do primeiro semestre de 2025.
"Até 2030 temos de triplicar as renováveis que temos instaladas, por isso temos de ser rápidos a construir e não podemos triplicar o número de pessoas, temos de fazer mais com as pessoas que temos, e a única forma de fazer isto é pôr as máquinas a trabalhar com as pessoas", explicou aos jornalistas o presidente executivo da EDP Inovação, António Coutinho, durante uma visita de imprensa para mostrar a tecnologia de automação Hyperflex em funcionamento.
O objetivo é reduzir em 50% o tempo de construção dos parques, passando os trabalhos mais pesados de montagem e transporte dos painéis solares a ser assegurados pelas máquinas, enquanto os trabalhadores se dedicam a funções técnicas mais especializadas.
"É uma questão de competitividade, este é um mercado competitivo e ser mais rápido é uma forma de competir", apontou António Coutinho.
O uso deste tipo de tecnologia também traz ganhos do ponto de vista de segurança no trabalho, sobretudo tendo em consideração que um painel solar pode chegar a pesar 35 kg e a barra que os suporta cerca de 90 kg, conforme apontou o responsável de engenharia da Comau, Giovanni di Stefano.
Na prática, explicou, esta tecnologia consiste na construção de parte do parque solar utilizando uma fábrica móvel, denominada Hyperflex, que inclui uma estação de montagem automática onde a estrutura fotovoltaica é pré-montada, e um veículo 'rover' que transporta e posiciona esta estrutura no local final no solo.
Todo este sistema é transportado em camiões para o parque solar, onde é depois construído e montado no local, concentrando a logística numa máquina, fácil de transportar.
Atualmente, já é possível montar cerca de 180 painéis por dia com recurso a esta tecnologia, mas o objetivo é chegar aos 240.
O projeto-piloto, denominado AutoPV, que termina em meados de novembro, representou um investimento de 400 mil euros da EDP e a ideia é "continuar a fazer investimentos maiores, para que isto passe a ser a forma normal de construir parques", disse António Coutinho.
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