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Inviita, a app distinguida duas vezes pela Apple. Com bons motivos

A startup portuguesa de sucesso está em vias de assegurar o derradeiro passo na internacionalização graças a uma segunda ronda de investimento. Tudo parece correr bem à Inviita. Será sorte do próprio mercado ou fruto do próprio trabalho e esforço? O Tech ao Minuto foi saber tudo em conversa com um dos fundadores responsáveis pela aplicação, Bernardo Véstia.

Notícias ao Minuto

07:45 - 11/06/16 por Miguel Patinha Dias com Elsa Pereira

Tech Viagens

Parte do sucesso de qualquer empresa passa por perceber o mercado que serve. Ter timing e saber antecipar tendências faz parte do percurso, um em que a Inviita tem sido feliz praticamente desde o ponto de partida. Para quem não sabe, a Inviita é uma aplicação para iOS que serve como ‘city guide’ para consultar roteiros submetidos pela comunidade de viajantes e aventureiros. Mas como surgiu esta ideia?

“Queríamos desenvolver um produto que permitisse que as pessoas planeassem facilmente o que fazer quando estivessem numa cidade e que o pudessem partilhar com outras pessoas”, conta um dos fundadores da Inviita, Bernardo Véstia, ao Tech ao Minuto.

Bernardo recorda o período em que a aplicação (ainda uma promessa) venceu as competições Vodafone Big Apps e Lisbon Challenge, ganhando pelo meio direito à incubação no Vodafone Power Labs. Para tal, tanto Bernardo como Joana Baptista (outra fundadora) tiveram de abdicar do emprego como consultores e das “boas perspetivas de carreira” para dar impulso ao projeto da Inviita. “É uma decisão difícil”, admite Bernardo, uma que ao longo da conversa se percebe de que não se arrependeu.

A Inviita era uma promessa e passou a certeza com o contacto de Bernardo e Joana com empresas da indústria. A ocasião deveu-se ao Travbel Innovation Summit, na Irlanda, onde a Inviita (na altura com o nome ‘Through My Eyes’) apresentou o protótipo da sua aplicação ao ser um dos “12 modelos negócio mais inovadores da área do Turismo”. A oportunidade serviu para “perceber o que é que o mercado estava à procura, que tipo de experiências é que as pessoas queriam, que tecnologias é que o mercado estava a precisar, e com todo este feedback dos utilizadores e especialistas da indústria começámos a montar, aí sim, a Inviita”.

Foi esta mesma aplicação que na primeira semana mereceu um artigo escrito pelo TechCrunch e na segunda a distinção como ‘Best New App’ na loja virtual da Apple que “deu uma visibilidade fantástica”. Poucos meses depois veio outra distinção da tecnológica de Cupertino, desta feita de ‘Best App to Plan a City Break’. “É exactamente aquilo que estamos a propor: planear escapadinhas e experiências de um, dois dias, coisas rápidas. Está no ponto! Houve mais um ‘boost’”. Por esta altura o sucesso é claro. Utilizada em mais de 140 países, com mais de 3.500 cidades e já na marca de 25 mil utilizadores. Mas a Inviita não quer ficar por aqui.

Um planeamento diferente mas eficaz

Parte do sucesso da Inviita foi também a perceção que a forma de viajar estava diferente. Mais frequente, menos intensa mas nem por isso menos ‘sedenta’ de coisas para fazer. Porém, nem todos somos iguais ou temos dias parecidos. Esta particularidade traçou o caminho da Inviita através dos Moods, disposições que o algoritmo da aplicação usa para indicar atividades turísticas adequadas, contribuindo assim para o melhor aproveitamento possível da cidade.

Além disso, é sempre possível adaptar o roteiro de outros utilizadores da comunidade da Inviita ou dos embaixadores mais experimentados.

Criado o conceito, que é do futuro? “Esse tal caminho para o futuro temos de perceber o que é que encaixa, o que é que faz sentido, o que é que os utilizadores querem e não tentar desvirtuar o conceito do produto. Mais uma vez, é o mercado que dita o futuro e os utilizadores é que vão dizer o que querem”.

Saliente-se que as métricas da Inviita são “muito próximas de uma rede social” graças à retenção semanal de utilizadores acima dos 20%. Um contraste interessante com outras aplicações de viagens que medem a utilização mensalmente e que têm muitas vezes um uso sazonal.

E porque não integrar publicação de fotografias e tornar-se uma rede social de pleno direito onde as pessoas possam partilhar o seu plano de férias acompanhadas de fotografias? Apesar de interessado no que o futuro reserva, Bernardo parece não estar preocupado em demasia com este passo.

O cofundador da Inviita admite que trabalha mais do que no período em que era consultor mas que a equipa trabalha “todos os dias cheios de vontade de continuar e fazer mais com isto”. “Essa é a paixão que nos move, é realmente fazer desta empresa um sucesso e isso é crescimento, é dinheiro é emprego. Queremos fazer isso tudo. Queremos dar mais emprego, queremos crescer mais e ser uma marca reconhecida internacionalmente e um produto que satisfaça pessoas pelo mundo inteiro. Esta é a nossa ambição”.

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