Web Summit: Os veteranos Frederico e Inês agora anfitriões
Cinquenta mil pessoas com interesses comuns juntam-se em Lisboa na próxima semana na Web Summit, para encontrar oportunidades de negócio, parceiros ou clientes. Frederico e Inês são veteranos, e agora anfitriões.
© WebSummit
Tech Eventos
A cimeira da internet começou em 2009 em Dublin, na Irlanda, e este ano pela primeira vez mudou de país. Frederico Carvalho e Inês Santos Silva são dois dos portugueses que foram a Dublin em edições anteriores e agora a "jogar em casa" contam à Lusa, entusiasmados, que valeu a pena o investimento.
A Web Summit é, resumidamente, uma conferência de tecnologia, de tendências e de novas ideias, uma feira de pequenas e médias empresas à procura de investidores, de investidores à procura de ideias, de grandes investidores, enfim o maior mercado europeu de tecnologia. Decorre em Lisboa de segunda a quinta-feira e tem dezenas de outras iniciativas paralelas, juntando pessoas com interesses comuns e vontade de aprender, ensinar e fazer negócios.
Frederico Carvalho, 32 anos, especialista em marketing digital, fundou aos 21 anos uma empresa de consultoria em vendas online e organizou este ano, em Lisboa, um grande evento sobre marketing e vendas online, a ClickSummit, que segue em 2017.
Em 2013 fez a mala e foi conhecer a Web Summit, de Dublin. Voltou nos dois anos seguintes e na próxima semana, naturalmente, lá estará, desta vez mais perto de casa.
"Foi útil, é claro, tirei partido, trouxe muitos contactos porque o ambiente é propício a isso, isso sem falar dos conhecimentos, trouxe negócios para mim, comecei a trabalhar com mais empresas que conheci nas três edições", conta à Lusa, acrescentando que mesmo a presença portuguesa foi aumentando todos os anos: "em 2013 éramos 30, passámos a 100 e no ano passado já éramos 300".
Frederico é cauteloso quanto a expetativas para a próxima semana, diz que o evento é propício para se gerarem negócios, tanto mais que foi crescendo e "agregando zonas e empresas", mas avisa que sendo um "evento de macrotendências" os temas não são muito aprofundados.
Importantes, diz, são as iniciativas paralelas, em lugares diferentes, juntando pessoas com interesses comuns. E Inês Santos Silva, que em 2013 também esteve em Dublin, concorda. Ela mesmo está a organizar alguns dos 40 eventos que vão acontecer em paralelo, os tais encontros de pessoas que se interessam pelos mesmos temas, em bares, em universidades, por toda a capital.
No dia 08 estará num "Biohacking Breakfast", que juntará pessoas na área das tecnologias aliadas à saúde, nutrição ou suplementos, e depois mais tarde na "Techfugees", sobre soluções tecnológicas para ajudar refugiados e a sua integração. E está ainda num encontro sobre descoberta de produtos, no lançamento da Universidade de Verão de Portugal sobre empreendedorismo e na "Music Tech Drinks", agendada para dia 10 e cujo nome diz tudo.
Inês Santos Silva, 27 anos, licenciou-se em Gestão pela Faculdade de Economia do Porto e criou com quatro amigos a Startup Pirates", de promoção do empreendedorismo, e está agora na "Ripe Production", outra "startup" dirigida à moda e marcas de luxo.
"Vamos olhar para a tecnologia como algo que está em todas as áreas e ver o impacto que isso tem", diz à Lusa a propósito da Web Summit, acrescentando: "é muito bom para contactos. A Dublin fui numa lógica de conhecer, o que fiz foi contactos".
Explica Inês que na Web Summit estarão "startups" (pequenas empresas, de base tecnológica) que querem clientes e investimento, investidores que querem conhecer "startups", e grandes empresas que querem inovação. "Os melhores do mundo estão lá", diria Frederico.
E porque são 50 mil pessoas, porque vai haver eventos por toda a capital, os veteranos deixam conselhos aos que vão pela primeira vez a uma web summit. "Saber ao que vão, definirem com quem querem falar, a preparação é a chave", diz Inês.
E depois, acrescenta, "prepararem-se para falarem muito e para andarem muito. Vão ficar muito cansados".
A tudo isso Frederico Carvalho acrescenta outro conselho prático: roupa leve e descontraída, carregador portátil para o telemóvel, cartões-de-visita e até pastilhas para a garganta. Porque a Web Summit vai dar muito que falar.
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