A app Basirly consegue ler-lhe a sina apenas com o smartphone
Na Web Summit encontram-se variadas aplicações tecnológicas, entre elas consta a plataforma libanesa Basirly, que permite aos clientes recorrerem a videntes para saberem o seu futuro, serviço que poderá estar disponível em português no próximo ano.
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Tech Web Summit
"A aplicação Basirly significa ler a sina", começou por explicar à Lusa o presidente executivo da Basirly, Fouad Itani, à margem da Web Summit, conferência global de tecnologia, inovação e empreendedorismo que decorre em Lisboa até quinta-feira.
O utilizador, através de uma aplicação no seu smartphone identifica o vidente que pretende consultar e o tipo de serviço, que vai desde a leitura de uma chávena de café, passando pelas cartas de Tarot, leitura facial e da palma da mão ou ainda aconselhamento amoroso, interpretação de sonhos, orientação espiritual e astrologia.
E até tem a garantia de que os videntes, de vários países, que prestam o serviço, são certificados, de acordo com o responsável.
A ideia surgiu "da observação feita, em diferentes países, da procura desta profissão para saber o futuro", acrescentou.
"É uma profissão antiga, mas estava afastada da tecnologia e nós vimos uma necessidade de ligar os utilizadores que querem uma leitura do seu futuro e os que leem", adiantou Fouad Itani.
Segundo o responsável, o serviço é fácil de usar, já que basta pedir que seja lido o futuro, tal "como se pede um [veículo] Uber".
Este conceito de negócio nasceu há dois anos, mas os fundadores do projeto levaram algum tempo a preparar o seu lançamento, que ocorreu há seis meses.
E os resultados "são fantásticos", já que "muitos países têm manifestado interesse", explicou o presidente da empresa que tem sede no Líbano.
Atualmente, a aplicação Basirly regista um crescimento de 30% das receitas todos meses e tem "mais de 200 mil" utilizadores.
"Primeiro, o serviço foi lançado em árabe e temos agora em inglês, mas em breve também teremos em turco", disse.
Questionado sobre se pondera lançar o serviço em português, o responsável adiantou que o serviço tem "muitos videntes de Portugal", acrescentando que durante a estadia em Lisboa por causa da Web Summit a Basirly vai ter um encontro com um grupo deles.
Fouad Itani disse ainda que é possível que "dentro de um ano" a aplicação esteja também disponível em português.
"Temos interesse em Portugal", garantiu.
Relativamente ao negócio, Fouad Itani explicou que é uma "plataforma" que foi autofinanciada, mas que agora a empresa pretende "angariar dinheiro".
"Tivemos um sucesso significativo nos últimos três meses, estamos a pensar em duplicar a nossa equipa, temos muito trabalho e fomos selecionados para o programa Web Summit ALPHA", em Lisboa, para apresentar o projeto, acrescentou.
A Web Summit de Lisboa, que arrancou na segunda-feira, conta com mais de 50.000 participantes, de mais de 165 países, incluindo mais de 20.000 empresas, 7.000 presidentes executivos e 700 investidores.
Entre os oradores, estarão os fundadores e presidentes executivos das maiores empresas de tecnologia, bem como importantes personalidades das áreas de desporto, moda e música.
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