Apresentando-se como tendo sido uma das primeiras 'startups' (empresas em início de atividade) do mundo, a Siemens diz que está 'de olho' no ecossistema de inovação português na maior cimeira tecnológica na Europa e avança ter lançado uma unidade de negócio independente, a Next47, com mil milhões de euros para investir em 'startups' a nível mundial.

O Next47 quer estimular ideias disruptivas e acelerar novas tecnologias, nas áreas da eletrificação distribuída, inteligência artificial, 'connected (e-)mobility' (na área da e-mobilidade), 'blockchain applications' (tecnologias que podem ser integradas em diversas áreas), máquinas autónomas e e-Aircraft (aeronáutico).

Para tal, a empresa está a trabalhar com parceiros, como colaboradores/empreendedores da Siemens, 'startups' externas e empresas já estabelecidas.

A Siemens preparou várias iniciativas para os vários dias da Web Summit, nomeadamente a participação de vários responsáveis da empresa em mesas redondas e outros como mentores e júris no palco PITCH, uma competição entre 'startups' que conta este ano com 200 participantes.

A empresa é anfitriã da Developers Party e tem ainda uma delegação de mais de 100 profissionais na Web Summit, das quais fazem parte membros da Siemens AG e do Next47.

A empresa lembra que nos últimos 20 anos investiu mais de 800 milhões de euros em cerca de 180 'startups' a nível mundial e tem anualmente contacto com mais de 2.000 jovens empresas, lançando cerca de 20 novas parcerias com 'startups' de todo o mundo.

Já tendo fundado ela própria uma dúzia de novas empresas, a multinacional alemã investiu só no ano passado 4,5 mil milhões de euros em Investigação & Desenvolvimento (I&D), área em que tem 32.100 colaboradores.

Esteve na origem de 7.650 invenções, em 2015, e totaliza 56.200 patentes a nível mundial.

"A presença da Siemens na Web Summit vem cimentar o lançamento da sua nova estratégia para as áreas da inovação e das 'startups'", sublinha a empresa, acrescentando que estas "são importantes para a Siemens como visão de futuro, como forma e aceder a tecnologias inovadoras e testar ideias para novos negócios fora da organização da empresa".

Por sua vez, destaca ainda que se tem mostrado atraente para as 'startups' como "parceiro próximo que providencia acesso a especialistas da indústria, a clientes e a conhecimento tecnológico, e como investidor, que envia um sinal positivo a outros investidores".

A Web Summit de Lisboa, que arrancou na segunda-feira, conta com mais de 53.000 participantes, de 166 países, incluindo 15.000 empresas, 7.000 presidentes executivos e 700 investidores.

Entre os oradores, estão os fundadores e presidentes executivos das maiores empresas de tecnologia, bem como importantes personalidades das áreas de desporto, moda e música.