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Reciclagem e reutilização na construção: Há vida após a demolição?

Geralmente, as demolições são feitas sem cuidado, inviabilizando o reuso de grande parte dos materiais. Mas a decisão da escolha de um material ou sistema construtivo, não dependerá apenas da possibilidade de demolição. Ora veja.

Reciclagem e reutilização na construção: Há vida após a demolição?

A ideia de criar um edifício com prazo de validade não é comum. Isto porque há construções, métodos construtivos e materiais que tornam o processo da demolição mais fácil, informa o Archdaily. Por outro lado, existe ainda a questão da reutilização. Ainda assim, de acordo com a plataforma especialista no setor da construção, geralmente, as demolições são feitas sem cuidado, inviabilizando o reuso de grande parte dos materiais.

Em primeiro lugar, é preciso abordá-las como desmontagens, onde seja possível separar adequadamente as partes envolventes. Sendo que, desde o início do projeto, é vital que sejam conotados métodos e soluções que reduzam ou eliminem resíduos. 

Mas a decisão da escolha de um material, não dependerá apenas da possibilidade de demolição. Só com uma avaliação sobre o ciclo de vida é que será possível tomar o conhecimento dos impactos de um produto ou processo, do início ao fim do processo, lê-se no artigo.

Conforme revela o Arhcdaily, o chamado Design for Deconstruction (DfD), ou Projeto para desmontagem considera como todas as decisões tomadas na fase de projeto podem aumentar as hipóteses de reutilização das partes da edificação no final da sua vida útil.

"O objetivo do DfD é gerenciar os materiais de construção no fim da vida para minimizar o consumo de matérias-primas", de acordo com a EPA (United States Environmental Protection Agency). Isto significa que "ao capturar materiais removidos durante a demolição de edifícios e encontrar maneiras de reutilizá-los ou reciclá-los, o impacto ambiental dos materiais de construção em fim de vida pode ser reduzido.”

Segundo o Archdaily, o outro conceito é o Design for Disassembly and Adaptability  (DfD/A), ou Projeto para desmontagem e adaptabilidade. Trata-se de uma estratégia que também procura estender o ciclo de vida útil dos edifícios e dos seus componentes, permitindo que o edifício seja atualizado, mas, no fim da vida útil, a desmontagem permita a coleta e reutilização de materiais e componentes.

Mas note que este dois conceitos contrastam com o modelo linear, focado na extração, uso e deposição em aterros sanitários. Preveem fechar o ciclo, o que quer dizer que, após a desmontagem, o material tem um destino.

Isso pode gerar vários benefícios, incluindo a redução de resíduos e emissões de gases de efeito estufa nos edifícios; melhorar a resiliência das cadeias de abastecimento; criar novas oportunidades económicas; e melhorar os ecossistemas naturais e os espaços verdes urbanos.

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