Cromeleque dos Almendres em Évora reabre com novas regras de visita
O Cromeleque dos Almendres, em Évora, um dos mais relevantes do megalitismo europeu, já reabriu ao público, após uma intervenção de conservação, e tem agora novas regras de visita para proteção e salvaguarda do monumento.
© Lusa
Cultura Évora
Em comunicado divulgado hoje, a Câmara de Évora anunciou que o cromeleque "volta a estar aberto ao público, após a conclusão da intervenção de conservação desenvolvida, ao longo do último ano", pelo município, em parceria com a tutela e o Grupo Pro-Évora.
Contudo, o Cromeleque dos Almendres, classificado como monumento nacional e considerado "um dos mais importantes monumentos megalíticos da Península Ibérica", e mesmo da Europa, tem agora "novas regras de visitação que visam reduzir o impacto da erosão no solo" para a sua "proteção e salvaguarda", frisou a autarquia.
"Com o objetivo de melhorar a experiência de fruição do espaço no interior do recinto megalítico e de minimizar o impacto do pisoteamento dos visitantes, foi criado um circuito de visitação na sua envolvente direta", explicou.
Está também programada, "para o final deste ano, uma intervenção para reabilitação do trajeto de acesso" ao recinto, acrescentou.
Durante os trabalhos de conservação efetuados, a equipa de arqueologia do município "identificou um provável novo menir, elevando assim para 95 o número de monólitos conhecidos no maior recinto megalítico da Península Ibérica".
"Este encontrava-se tombado e quase totalmente coberto por vegetação, cuja limpeza permitiu confirmar a descoberta", realçou a câmara, precisando tratar-se de "um monólito granítico, de pequenas dimensões, com cerca de 1,3 metros, semelhante àqueles que se encontram no lado nascente do monumento".
O Cromeleque dos Almendres, cujo terreno privado foi cedido à câmara pelos proprietários através um contrato de comodato, situa-se a cerca de 12 quilómetros de Évora, junto à aldeia de Guadalupe.
O sítio arqueológico é composto por diversas estruturas megalíticas, nomeadamente cromeleque, menir e pedras, e foi descoberto pelo investigador Henrique Leonor Pina, em 1964, aquando do levantamento da Carta Geológica de Portugal.
A Câmara de Évora lembrou ainda que, até 28 de outubro, continua patente no Palácio de D. Manuel, no jardim público, a exposição temporária "Do Cabeço da Anta ao Alto das Pedras Talhas".
Esta mostra pretende dar a conhecer o processo de descoberta e investigação do Cromeleque dos Almendres e da Anta Grande do Zambujeiro, também situado no concelho de Évora e igualmente um importante monumento megalítico europeu.
Com o propósito de levar esta mostra à envolvente rural, principalmente junto das comunidades que, historicamente, estiveram mais envolvidas no estudo destes monumentos, a autarquia promove, este fim de semana, na aldeia de Valverde, a iniciativa Equinócio Megalítico.
Uma visita orientada à Anta Grande do Zambujeiro e a projeção de um documentário, no sábado, e a celebração do nascer do sol, no domingo, são as atividades propostas.
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