O FC Porto está fora da Liga Europa. Os dragões não foram além de um empate na visita ao Lyon (1-1), na noite de quinta-feira, e acabaram eliminados da segunda prova da UEFA por conta do resultado da 1.ª mão. Sérgio Conceição fez várias alterações na equipa, num claro ato de gestão física, mas a qualidade do futebol praticado pelos jogadores portistas caiu a pique e e qualificação do Lyon acaba por se aceitar. 

Na verdade, esta eliminatória deixou bem claro que o FC Porto tem mais qualidade enquanto equipa, embora o Lyon possua vários jogadores de enorme qualidade. No entanto, a equipa de Sérgio Conceição não esteve ao seu melhor nível, do que já se viu na presente temporada, e pagou bem caro os erros que neste tipo de competição são absolutamente letais. 

A participação em provas europeias chega, assim, ao fim para o FC Porto em 2021/22. Depois de uma fase de grupos muito dura na Liga dos Campeões, prova na qual mediu forças com AC Milan, Atlético de Madrid e Liverpool, eis que o conjunto azul e branco desiludiu na Liga Europa. 

Vamos aos protagonistas do jogo de ontem. 

A figura 

Moussa Dembélé foi um verdadeiro quebra-cabeças para Pepe e Mbemba. Sempre que conseguia fugir à marcação, a defesa do FC Porto ficava completamente desorientada. Foi assim que marcou o primeiro golo e ainda obrigou Diogo Costa a uma defesa apertada após novo lance semelhante. Nem sempre bem-amado por entre os adeptos do Lyon, o avançado francês acaba por ser o protagonista desta qualificação. 

A surpresa 

No meio de tanta confusão e de tantos erros, Marko Grujic foi dos únicos a conseguir ser competente na hora de defender e atacar. Foi incansável na luta pela bola e tentou tapar os buracos deixados pelos companheiros de equipa. Acabou substituído aos 79 minutos por Vitinha visivelmente esgotado. 

A desilusão 

Toni Martínez deu provas de afirmação frente a Lazio, na ronda anterior desta Liga Europa, mas ontem foi presa fácil para a defensiva do Lyon. Na primeira parte foi protagonista de dois lances de potencial perigo para a baliza à guarda de Anthony Lopes mas deixou-se antecipar em ambos. Num jogo desta nomeada, faltou alguma lucidez ao avançado espanhol. 

Os treinadores 

Peter Bosz

O Lyon já só cumpre calendário no que ao campeonato diz respeito e parece apostar todas as fichas nesta Liga Europa. No entanto, a julgar pela amostra destes dois jogos, esta equipa francesa está longe de ser fiável e terá de fazer mais e melhor se quiser mesmo vencer a competição. É verdade que consegue criar lances de perigo com alguma frequência e que não faltam craques de encher o olho, mas defensivamente esta equipa do Lyon é muito frágil.

Sérgio Conceição 

No jogo da 1.ª mão apontámos a falta de gestão física como a grande causa da derrota, no jogo da 2.ª mão aconteceu exatamente o contrário. A equipa está desgastada depois de muitos jogos, como é óbvio, mas abdicar de vários jogadores de estatuto titular ao mesmo tempo dificilmente poderia dar bom resultado. Note-se para o momento em que João Mário e Uribe entraram em campo: a equipa de FC Porto ganhou logo outra dimensão. Em suma, pode dizer-se que Sérgio Conceição preferiu arriscar a presença da Liga Europa a pensar no campeonato, o objetivo mais importante para os dragões. 

O árbitro 

O romeno Ovidiu Haţegan não teve qualquer influência no resultado, mas na hora de mostrar cartões o critério foi sempre mais largo... para os franceses. Caqueret acumulou faltas do início ao fim e só aos 83 minutos viu a cartolina amarela. 

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