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FPF lança projeto "Bola Mágica" com mais de 1.600 crianças em 44 escolas

O projeto-piloto "Bola Mágica" da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) arrancou hoje em 44 escolas, alcançando mais de 1.600 crianças do 1.º ciclo do ensino básico, revelou a entidade liderada por Fernando Gomes.

FPF lança projeto "Bola Mágica" com mais de 1.600 crianças em 44 escolas
Notícias ao Minuto

16:59 - 09/01/23 por Lusa

Desporto Solidariedade

"A Bola Mágica é um projeto-piloto da FPF, no âmbito do plano Futebol 2030, que envolve 44 escolas e que cobre todo o país para recolher informação e conhecimento científico", realçou à Lusa Arménio Pinho, o diretor da FPF responsável pelo projeto, sublinhando que o objetivo é que no próximo ano letivo o mesmo esteja disseminado por todo o continente e ilhas.

O projeto, que vai decorrer no horário das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e Componente de Apoio à Família (CAF), consoante a escola, começou hoje e vai decorrer até 31 de março, arrancando com 24 pilotos abrangendo todos os diferentes distritos/regiões do país.

Em causa está a oferta estruturada de sessões lúdicas de atividade física desportiva de uma hora (12 sessões no caso das AEC e 24 no caso das CAF) que têm a bola como elemento fundamental, sendo que todo o material necessário à sua implementação foi disponibilizado pela FPF (bolas multiatividades, bolas de ténis, bolas de praia, cordas, arcos, coletes e cones).

"O nome 'Bola Mágica' vem do facto de a bola multiatividades, utilizada nas sessões, permitir jogar com os pés e com as mãos, garantindo que o projeto não se restringe ao futebol, evitando desta forma que as crianças se especializem desde cedo numa só modalidade -- algo que a equipa técnica da FPF defende", sublinhou Arménio Pinho.

O projeto e respetivas sessões foram pensados por uma equipa multidisciplinar composta por três professores da FPF (André Seabra, José Guilherme Oliveira e Júlio Costa) e por dois elementos externos (professores Carlos Neto e Susana Vale), apoiados ainda por um Conselho Consultivo e um Conselho Multidisciplinar que integra a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), a Direção-Geral da Saúde (DGS), a Direção-Geral da Educação (DGE) e a secretaria de Estado do Desporto e da Juventude.

Foram também ouvidos vários especialistas das áreas da Psicologia, Pedopedagogia e Educação Física.

"Uma equipa irá analisar o impacto do projeto na saúde das crianças, na qual estão envolvidas 15 instituições de Ensino Superior, responsáveis por realizar testes de competência motora nos grupos piloto e controlo, antes e depois do projeto, através de uma bateria de testes chamada 'Motor Competence Assessment'", especificou o diretor da FPF.

O objetivo é "oferecer um programa lúdico com foco no 'brincar' que possibilite aumentar os níveis de atividade física e de felicidade das crianças envolvidas, respondendo assim aos baixos níveis de prática de atividade física que se verificam em Portugal", assinalou Arménio Pinheiro.

Além disso, o projeto vai disponibilizar uma série de sugestões de exercícios que permita uma melhor organização das sessões práticas de atividade física e desportiva, tendo ainda por intuito entender o impacto que o aumento da atividade física desportiva em crianças do 1.º ciclo tem na suas capacidades coordenativas, felicidade e bem-estar, aptidão aeróbica, composição corporal e saúde mental.

Segundo avançou o responsável, a fase de planeamento do projeto envolveu mais de 150 parceiros (associações de futebol, autarquias, agrupamentos de escolas, especialistas e gestão de projeto), e para a fase de implementação vão estar envolvidos cerca de 100 profissionais.

Destes, metade pertencem a 15 instituições de ensino superior do país (liderados pelos professores Luis Paulo Rodrigues e Rita Cordovil), os responsáveis por medir o impacto do projeto na saúde das crianças, e a outra metade composta pelos professores das AEC e CAF (que participaram numa ação de formação prática dinamizada pela FPF em novembro, protagonizando a primeira reunião nacional de professores de AEC e CAF).

O projeto terá a duração de 12 semanas, sendo que as semanas que antecedem, e precedem, o início e o final do projeto são reservadas aos testes de competência motora, que já estão em andamento.

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