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A'VAR'ia no piloto automático. As notas do Sporting-Santa Clara

Leões tiveram mais bola, mas voltaram a não vencer... nem convencer, numa partida marcada por uma arbitragem polémica de Cláudio Pereira

A'VAR'ia no piloto automático. As notas do Sporting-Santa Clara
Notícias ao Minuto

07:18 - 01/12/24 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto Análise

O Sporting não soube reagir à humilhação europeia sofria, a meio da semana, perante o Arsenal (derrota caseira, por 1-5), e voltou, este sábado, a sair derrotado do Estádio de Alvalade, desta feita, pelo Santa Clara, por 0-1.

 

Uma partida peculiar, como ficou à vista pelo primeiro sobressalto, provocado por Vladan Kovacevic (o substituto de Franco Israel, que foi afastado do mesmo devido a um síndrome gripal), que ofereceu a bola a Vinícius Lopes, quando tentava passá-la a Matheus Reis, tendo o lance acabado por se dissipar.

Daí em diante, os leões partiram para o ataque, mas com claras dificuldades em furar a linha de cinco da defesa adversária, de tal maneira que chegou ao intervalo com um mero remate à baliza (sem perigo), da autoria de Francisco Trincão.

Os insulares também só almejaram por uma vez o alvo... mas com uma taxa de aproveitamento de 100%. Matheus Pereira aproveitou a passividade de quem o rodeava para ganhar metros e deixar a bola em Vinícius Lopes, que desferiu um 'míssil' que só parou no fundo da baliza.

Pelo meio, um lance que promete fazer correr (muita) tinta. Geny Catamo penetrou a grande área dos visitantes pela ala esquerda, antes de ser derrubado por Gustavo Klismahn, que não teve a mínima intenção de ir à bola. Estranhamente, Cláudio Pereira nem ao VAR recorreu.

Ao intervalo, João Pereira lançou Maxi Araújo e Conrad Harder para o lugar de Geovany Quenda e Marcus Edwards, e a equipa cresceu... mas não o suficiente para evitar o desaire, ainda que Viktor Gyokeres tenha falhado um golo 'cantado', a passe do dinamarquês.

Apesar deste resultado, o Sporting mantém-se na liderança da I Liga, com 33 pontos, mais seis do que o FC Porto, que ainda vai receber o Casa Pia. Segue-se o Benfica, com 25 pontos (e duas partidas a menos), e, logo a seguir, o sensacional Santa Clara, com 24.

Figura

Com (muito) pouca bola, a linha da frente do Santa Clara teve a tarefa ingrata de segurá-la o máximo possível no ataque, e, à mínima oportunidade, fazer 'estragos'. Vinícius Lopes acabou por ser a peça mais preponderante neste capítulo, com a autêntica 'bomba' que fez a diferença, em Alvalade.

Surpresa

Maxi Araújo entrou, ao intervalo, para o lugar de Geovany Quenda (passando Geny Catamo para a ala direita), e a verdade é que acabou por dar ao ataque do Sporting a profundidade que lhe faltava. Sem medo de partir para os duelos individuais, ainda conquistou uma grande penalidade, anulada (e bem) por Cláudio Pereira.

Desilusão

Pegando na expressão trazida à 'baila' por João Pereira, Marcus Edwards revelou-se, uma vez mais, um "erro de casting". A atuar pelo lado esquerdo do ataque do Sporting, não foi capaz de dar o mínimo de criatividade, pelo que, sem surpresa, foi substituído por Conrad Harder, ao intervalo.

Treinadores

João Pereira: Lançou, precisamente, o mesmo ataque que tão poucas 'cócegas' causou ao Arsenal, e a verdade é que, apesar do domínio da posse de bola, as oportunidades foram escassas. A aposta em Geny Catamo pelo lado esquerdo também não foi propriamente feliz, ainda para mais, se tivermos em conta a diferença de rendimento que apresentou, no segundo tempo, quando passou para a ala contrária. Ruben Amorim tinha avisado que manter o 'piloto automático' não bastava para continuar a vencer... e a previsão confirmou-se.

Vasco Matos: O Santa Clara apresentou-se em Alvalade assente numa linha de cinco na defesa, que se converteu num muro praticamente inultrapassável para o ataque do Sporting. No ataque, as investidas foram quase nulas, mas a eficácia dificilmente poderia ser superior, o que, aliado à organização defensiva de excelência, explica este (inesperado) resultado.

Árbitro

Exibição desastrosa de Cláudio Pereira, que atingiu o cúmulo aos 15 minutos, quando deixou passar em branco uma grande penalidade clara cometida por Gustavo Klismahn sobre Geny Catamo. Daí em diante, os equívocos foram-se sucedendo, sem critério técnico ou disciplinar que o salvasse.

Leia Também: Falta clara ou 'mergulho'? Sporting reclamou penálti neste lance

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