O Benfica pode estar prestes a sofrer um duro revés. Júlio César estará a ponderar a possibilidade de terminar a carreira. A informação foi avançada, no passado domingo, pelo Esporte ao Minuto, do Brasil, que revela ainda que as sucessivas lesões estarão na base da decisão do guarda-redes brasileiro. 

As lesões e a concorrência de Ederson

De facto, Júlio César tem sido fustigado por lesões nos últimos anos. Depois de ter completado uma época a bom nível na Luz, assim que chegou em 2014, o antigo internacional brasileiro sofreu uma lesão em 2015/2016 que forçou Rui Vitória lançar o então jovem Ederson num duelo com o Sporting. 

Desde então que ficou aberta a discussão em torno de quem deveria ser o dono da baliza encarnada, e a condição física de Júlio César, juntamente com as boas exibições do jovem Ederson, acabaram por tornar fácil a decisão de Rui Vitória. 

Pré-época sem brilho e com nova lesão

Nesta pré-época, e com a saída de Ederson para o Manchester City, a troco de 40 milhões de euros, Júlio César perfilava-se como natural dono da baliza das águias em 2017/18. No entanto, e depois de cinco jogos particulares onde sofreu sete golos, o guarda-redes de 37 anos sofreu nova lesão na partida em Londres, frente ao Arsenal. Desde então, não jogou mais pelos encarnados, ficando, inclusivamente fora dos convocados do Benfica para Supertaça frente ao Vitória Sport Clube. 

Na sexta-feira, no momento em que o Benfica dava conta das ausências forçadas para a competição, a lesão de Júlio César era descrita como uma tendinopatia perna esquerda. Ora, tendo em conta todo o seu historial físico, aliado à vontade do Benfica em encontrar um novo guardião, a decisão de deixar o futebol poderá estar muito perto de acontecer.

Os números do imperador que ganhou a alcunha no Inter

Passando em revista a carreira de Júlio César, a melhor fase da sua longa carreira foi vivida em Itália. O brasileiro representou o Inter, onde até se cruzou com José Mourinho, contabilizando 300 jogos. Aliás, na altura, Júlio César era apontado como um dos melhores guarda-redes da atualidade.

Depois, em 2012/13, acabaria por sair para os ingleses do Queen Park Rangers, onde, de resto, não teve grande sucesso. Fruto da fraca adaptação ao futebol inglês, Júlio César foi cedido, na época, seguinte, ao Toronto FC antes de rumar à Luz.

Para trás ficam também as 87 internacionalizações ao serviço da seleção brasileira.