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Com greve a 'alta velocidade', queixas contra a CP mais do que triplicam

Supressão devido à greve - que hoje acontece pelo terceiro dia -, atrasos, falha de informação e más condições são as principais queixas dos passageiros em 2023.

Com greve a 'alta velocidade', queixas contra a CP mais do que triplicam
Notícias ao Minuto

07:27 - 10/02/23 por Notícias ao Minuto

Economia Portal da Queixa

As reclamações contra a CP - Comboios de Portugal no Portal da Queixa aumentaram 65% em 2022 e entre janeiro e quinta-feira, dia 9 de fevereiro, a empresa já foi alvo de 69 reclamações (+230%), numa altura em que os trabalhadores estão em greve

No ano passado, os constrangimentos causados pelos comboios suprimidos (42%) foram o principal motivo de reclamação.

"Este ano, entre o dia 1 de janeiro e o dia 9 de fevereiro, verifica-se que os principais motivos das reclamações são supressão devido à greve, a absorver 38% das queixas registadas; os atrasos motivaram 25% das reclamações; a falta de informação recolhe 17% das queixas; as más condições pesam 10% e as dificuldades na compra 'online' de bilhetes ocupam uma fatia de 7%", detalhou, em comunicado, o portal.

O site lembra que a CP é "uma entidade que regista baixos níveis de performance na resolução dos problemas reportados pelos consumidores no Portal da Queixa". 

Segundo os mesmos dados, o Índice de Satisfação da entidade está avaliado pelos consumidores em 13.1 (em 100), a Taxa de Resposta é de 7,9% e a Taxa de Solução é de 8,5%". 

Terceiro dia seguido de greves no setor ferroviário

A CP realizou 17 ligações ferroviárias das 435 programadas entre as 00h00 e as 10h00 de hoje e suprimiu 418 devido à greve dos maquinistas, revisores, bilheteiras e chefias diretas, disse à Lusa fonte da empresa.

Das 17 ligações feitas, duas são em regionais, 13 urbanas no Lisboa e duas urbanas no Porto. Este é o terceiro dia seguido em que as greves no setor ferroviário têm afetado a circulação de comboios.

Os trabalhadores revisores, das bilheteiras e de chefias diretas afetos ao Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) cumprem hoje uma greve de 24 horas.

Por sua vez, os trabalhadores com as categorias de Maquinista ou Maquinista Técnico cumprem entre as 00:00 de hoje e as 24h00 do dia 16 de fevereiro de 2023, uma greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a 07h30.

Em declarações à Lusa, cerca das 8h00 de hoje, Luís Bravo, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), disse que a adesão à greve estava a ser maciça, acima dos 90% em todo o país".

Luís Bravo disse que a paralisação é de 24 horas, mas ainda poderá ter efeitos no sábado.

Em declarações à Lusa na quinta-feira, António Domingues, do Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), explicou que a greve tem vários parâmetros e não foram decretados serviços mínimos.

A CP tem no seu 'site', um alerta aos passageiros para perturbações na circulação até dia 21 de fevereiro.

"Por motivo de greves, convocadas pelos Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF) e Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), ocorrerão fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, no período entre as 00:00 do dia 08 de fevereiro de 2023 e as 24:00 do dia 21 de fevereiro de 2023".

[Notícia atualizada às 10h51]

Leia Também: Greve da CP sem serviços mínimos: Como serão os próximos dias?

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