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Já pagou alguma? DECO revela as "cinco comissões mais bizarras" da banca

Fotocópias, depósito de moedas ou levantar dinheiro são serviços que, por normal, implicam o pagamento de uma comissão. Veja aqui as comissões "mais bizarras" da banca portuguesa, segundo a DECO Proteste.

Já pagou alguma? DECO revela as "cinco comissões mais bizarras" da banca
Notícias ao Minuto

14:48 - 27/02/23 por Notícias ao Minuto

Economia Bancos

A DECO Proteste divulgou, esta segunda-feira, uma lista das cinco comissões bancárias "mais bizarras" que são cobradas pela banca portuguesa, onde se incluem fotocópias de documentos, levantamentos ao balcão, depósito de moedas, pedido de segunda via do extrato bancário e alteração de titularidade da conta

"Numa altura em que se encontra em discussão no Parlamento a proibição ou limitação de algumas comissões bancárias, a DECO Proteste fez um exame minucioso aos preçários de 17 bancos e descobriu custos que são verdadeiros 'assaltos à mão armada' à carteira do consumidor, devido à sua injustificação ou desproporcionalidade", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

No seguimento deste levantamento, a organização de defesa do consumidor espera que "a atual discussão no Parlamento ponha termo a algumas destas bizarrias", porque "se cobrar comissões por um serviço efetivamente prestado é legitimo, é difícil de justificar o preço de fotocopiar um documento à guarda do banco, cobrar por entregar moedas ou pagar quase 70 euros por ano, em comissões de manutenção da conta, assim como os contratos anteriores a 2021 continuarem a suportar a referida comissão de processamento da prestação". 

De acordo com a DECO, estas são as cinco comissões bancárias "mais bizarras", que são cobradas por bancos em território nacional:  

  1. Fotocópias: "Pense bem antes de pedir para reproduzir um documento à guarda do Banco. Há os que cobram pelo serviço, outros à página ou à folha. Se pensarmos, por exemplo, um documento de três páginas, considerando os vários tipos de cobrança, o valor médio a pagar é de 19,13€, ou seja, 6,38€ por página. Apenas o ActivoBank e o Banco CTT não cobram pelo serviço";
  2. Depositar moedas: "Apesar da contagem de moedas ser, geralmente, feita por máquina próprias para o efeito, para depositar cem moedas, em média, os consumidores gastam 7,14€. Depositar mais de 25 moedas (o limite tem vindo a diminuir) dá direito a uma comissão nunca abaixo dos 2,60€. Apenas dois Bancos (Best Bank e BNI Europa) não cobram por depósitos em moedas. Abanca, ActivoBank, Banco Montepio, Caixa Geral de Depósitos e Millennium BCP isentam a comissão até depósitos de 25 moedas. No extremo oposto, o BBVA cobra uns dolorosos 7,80€ por qualquer depósito até 99 moedas. Acima de 100 moedas, junte-se àquele valor 5,20€";
  3. Levantar dinheiro, custa dinheiro: "Um levantamento na agência bancária custa, em média, 6,97€. O BBVA lidera como Banco mais caro (cobra 15,60€), seguido pelo Atlântico Europa e pelo NovoBanco, que pedem quase 13 euros por um levantamento ao Balcão. Já o Best Bank e Abanca cobram menos de 4 euros e apenas o BNI Europa entrega dinheiro sem cobrar nada ao seu cliente";
  4. Pedir uma segunda via do extrato bancário: "Nesta era digital porque o há-de fazer? Porque não usa o homebanking, porque o extrato se extraviou, porque precisa de apresentar movimentos de há mais de 6 meses, entre outras situações... Este simples pedido custa, em média, 14,40€. Para os clientes do BNI Europa a 2ª via do extrato custa 26€; no Banco BiG 24,60€ e apenas o Banco BPI, o Abanca, a Caixa Agrícola e o Millennium BCP cobram menos de 10€";
  5. Alterar a titularidade de conta: "Por divórcio, óbito de um dos titulares, ou quando se atinge a maioridade, a cada alteração de titularidade os clientes pagam, em média, 8,14€. Os bancos que mais se fazem pagar para estes serviços são o Atlântico Europa (15,60€), a Caixa Geral de Depósitos (9,36€) e o Bankinter (8,61€). Apenas o BBVA não cobra nenhum montante. Quanto à isenção de comissão de alteração de titularidade em caso de óbito ou quando se atinge a maioridade a mesma está a aguardar a aprovação no Parlamento". 

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