TAP diz que novos aviões reduzem emissões poluentes significativamente
A TAP defendeu hoje que os aviões mais modernos têm permitido reduzir as emissões poluentes e alcançar "uma melhoria significativa" ao nível da eficiência energética e ambiental, após terem sido divulgados os maiores poluidores do país pela associação Zero.
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Economia Companhia aérea
"Na TAP verifica-se uma redução, tanto no consumo de jetfuel por passageiro, de 18,8%, como nas emissões por passageiro (Kg/100pkm), de 19,1% em 2022, face a 2021", alegou a empresa, numa posição em que sustenta que os novos aviões estão dotados de motores de combustão mais eficientes: "Permitem uma redução até 20% no consumo de combustível e emissões de CO2 para a atmosfera".
A refinaria da Galp em Sines é o maior poluidor do país, com 2,67 milhões de toneladas de dióxido de carbono emitidas em 2022, segundo uma lista dos 10 maiores poluidores de Portugal elaborada pela Zero.
Nas contas da associação ambientalista, os 10 maiores poluidores aumentaram 18% as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) em 2022.
No balanço da evolução de 2021 para 2022, a associação destaca "o aumento significativo das emissões de algumas centrais térmicas a gás natural fóssil para produção de eletricidade e das associadas ao transporte aéreo (associadas à TAP), a par de um aumento na refinação de combustíveis fósseis".
A refinaria de Sines da Petrogal é, pelo segundo ano consecutivo, a instalação mais poluente, tendo aumentado as emissões em 16%, com as suas 2,7 milhões de toneladas a representarem 5% do total de emissões oficiais de Portugal em 2021.
A associação afirma que as emissões de Sines refletem em parte a absorção pela refinaria da produção de Matosinhos, que fechou.
Mas acrescenta a Zero que há "um peso muito significativo" dos combustíveis fósseis na economia e nas emissões poluentes, dando como exemplo a Galp.
"A Galp continua a ser uma empresa virada para a exploração e produção de combustíveis fósseis, com mais do dobro do seu investimento a eles dedicado por comparação com investimento em renováveis", alerta a associação.
No comunicado salienta-se também que o setor da refinação, produção de eletricidade a partir da queima de gás natural fóssil, o cimento, o transporte aéreo e a produção de olefinas (hidrocarbonetos) completam o "top 10" dos maiores poluidores do país.
Da lista elaborada pela Zero fazem parte, além da refinaria de Sines, a Elecgás -- Central de ciclo combinado do Pego, com mais 48% de emissões do que em 2021, e em terceiro lugar a Turbogás - Central de ciclo combinado do Outeiro, que não aumentou as emissões.
Depois surge a EDP -- Central termoelétrica do Ribatejo, com mais 51% de emissões, a Cimpor -- Centro de produção de Alhandra, com mais 28% de emissões, e em sexto lugar surge a TAP, que aumentou as emissões em 91% em relação a 2021.
Nos lugares seguintes estão duas cimenteiras, a Cimpor de Souselas e a Secil do Outão, ambas com uma redução de emissões (especialmente a Secil), a EDP -- Central Termoelétrica de Lares, com um aumento de 13% de emissões, e em 10.º lugar a Repsol -- Polímeros, que reduziu as emissões em 22%.
Ao todo, as 10 empresas mais poluentes do país emitiram em 2022 mais de 12 milhões de toneladas de dióxido de carbono (12.0971.176), quando em 2021 tinham emitido 10,2 milhões, o que representa um aumento de 18%.
"Estes números implicarão muito provavelmente um aumento no total de emissões do país relativas ao ano de 2022 e que ainda estão em fase de inventário", diz a Zero.
Comparando com 2021, sai da lista a Tejo Energia -- Central termoelétrica do Pego e entra, com uma subida de cinco lugares, a TAP.
Para elaborar a lista, a associação ambientalista usou dados disponibilizados pelo registo de emissões associado ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE).
O CELE integra as principais unidades de setores fortemente emissores de emissões de carbono, nomeadamente centrais térmicas, refinação, cimento, pasta de papel, vidro, entre outras, nota a Zero, explicando que em Portugal há 145 empresas que declararam emissões em 2022 no âmbito do CELE.
A associação diz ainda que, no caso das centrais térmicas utilizando combustíveis fósseis, todas as licenças de emissão têm de ser adquiridas (compradas em leilão), enquanto noutros setores uma grande parte das licenças é oferecida gratuitamente e a restante tem de ser adquirida.
Nos últimos meses, o custo da tonelada de dióxido de carbono tem estado acima dos 80 euros no mercado europeu.
O dióxido de carbono é o principal gás com efeito de estufa que causa alterações climáticas.
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