Países do Mercosul em sintonia sobre negociações comerciais com a UE
Os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) estão em sintonia sobre como devem avançar as negociações comerciais com a União Europeia (UE) e estão perto de elaborar uma contraproposta conjunta para enviar aos "27".
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Economia MERCOSUL
"Estamos próximos e em sintonia, mas temos de ser pacientes porque os distintos ciclos políticos nos países fazem com que alguns de nós trabalhem há alguns anos e outros tenham acabado de assumir a presidência e necessitam de rever documentos", afirmou à agência noticiosa Efe a secretária das Relações Económicas Internacionais da Argentina, Cecilia Todesca Bocco.
Uma cimeira do Mercosul começou segunda-feira na Argentina, um dos países-membros do "bloco económico" formado ainda por Brasil, Paraguai e Uruguai, sob o apelo a uma relação mais equilibrada com a UE.
Após 20 anos de duras conversações, a UE e o Mercosul alcançaram em junho de 2019 um acordo político geral para selar um pacto de livre comércio, mas deixaram pendente a resolução de alguns aspetos técnicos.
A resolução complicou-se com o aparecimento de novas exigências de ambas as partes, incluindo exigências ambientais comunicadas em fevereiro pela UE ao Mercosul e às quais os sul-americanos devem responder com uma contraproposta para que as negociações possam avançar.
Segundo Cecilia Todesca Bocco, uma vez redigida a contraproposta, esta será enviada a Bruxelas para que UE e Mercosul possam acordar como prosseguir com as negociações técnicas.
A cimeira, que hoje reuniu ministros, contará com chefes de Estado na terça-feira, dia em que o Brasil assumirá a Presidência semestral do Mercosul.
A reunião magna deverá permitir, ainda, a retoma dos trabalhos, suspensos em 2019, para a adesão da Bolívia ao Mercosul. O país representa 67% do Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul e mais de metade da população latino-americana.
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