Wall Street fecha semana sem rumo com prudência a reinar após recordes
A bolsa nova-iorquina cerrou a semana sem direção, com os investidores a privilegiarem a prudência no final de uma semana encurtada e marcada por novos recordes.
© Lusa
Economia Bolsa de Nova Iorque
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,04%, ao passo que o tecnológico Nasdaq recuou 0,18% e o alargado S&P500 cedeu 0,16%.
Durante todo o dia bolsista, os índices evoluíram com pouca variação, incapazes de assumir uma direção clara.
"Por causa do Juneteenth", dia feriado que causou o encerramento do mercado bolsista, "muitas pessoas foram de férias antecipadas", disse Sam Stovall, da CFRA.
O analista também mencionou o facto de sexta-feira correspondeu ao fim de uma quantidade massiva de contratos de futuros sobre índices e valores bolsistas, acontecimento designado por "dia das três bruxas", que costumam um acréscimo de volatilidade.
Por outro lado, "aproxima-se o fim do mês e do trimestre e as pessoas não querem vender ações que mais subiram, porque querem mostrar aos seus clientes que as têm em carteira", acrescentou.
O movimento de consolidação, iniciado na quinta-feira depois de sete recordes consecutivos do Nasdaq, prosseguiu, mas em proporções muito limitadas.
Locomotiva de Wall Street desde há meses, o setor dos semicondutores foi o mais afetado.
A Nvidia, que na quarta-feira ascendeu ao lugar de maior capitalização bolsista mundial, fechou hoje em baixa de 3,22%, e passou para o terceiro lugar deste ranking, depois de Microsoft e Apple.
Os seus concorrentes Broadcom, que recuou 4,38%, Qualcomm (-1,36%) e Micron (-3,22%) também registaram desvalorizações, como a Meta (-1,38%) e a Apple (-1,04%).
Esta última, que estava em alta desde há 10 dias, foi penalizada hoje pelo anúncio do adiamento do seu sistema de inteligência artificial (IA) generativa, Apple Intelligence, na União Europeia.
O humor dos investidores também sofreu com a publicação do relatório da S&P Global sobre os índices PMI, com valores abaixo das expectativas, tanto no caso dos serviços, como do da indústria, nos EUA.
Em ambos os casos, estão ligeiramente acima de 50, o que indica uma expansão da economia e relativiza a ideia de um arrefecimento da economia norte-americana, o que favoreceria as primeiras baixas da taxa de juro pelo banco central.
No entendimento de Sam Stovall, "a próxima semana pode ser positiva" para as ações, "mas o que inquieta é julho". Justificou-se com uma dúvida: "Será que os investidores vão começar a fazer os seus ganhos com o início do novo trimestre?", lembrando que o mês de julho costuma ser menos favorável aos mercados acionistas.
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