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Banco central do Japão mantém taxas de juro inalteradas

O banco central do Japão anunciou hoje que vai manter as taxas de juro de referência no curto prazo em 0,25%, depois de um aumento no final de julho ter feito subir a moeda nipónica.

Banco central do Japão mantém taxas de juro inalteradas
Notícias ao Minuto

06:06 - 20/09/24 por Lusa

Economia Bancos

 

O conselho de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu por unanimidade deixar intacta a estratégia, tendo em conta que a economia "continua a recuperar, embora com algumas fragilidades", e a evolução da inflação, referiu em comunicado.

A economia do Japão cresceu 0,7% no segundo trimestre do ano em comparação com o período anterior, anunciou, já este mês, o Governo nipónico, numa revisão em baixa do valor preliminar, que era de 0,8%.

O anúncio, que veio confirmar as expectativas dos analistas, surgiu horas depois do Governo ter divulgado dados oficiais que mostram uma aceleração da inflação em agosto para 2,8% e dois dias depois da Reserva Federal dos EUA ter decidido reduzir as taxas.

Depois de décadas de inflação muito baixa ou mesmo deflação, desde abril de 2022 que o aumento dos preços no consumidor tem sido superior à meta de 2% fixada pelo banco central.

O BoJ disse ainda esperar que o crescimento económico japonês continue a acelerar, bem como os aumentos de preços e salários, aplicados em vários setores, "se intensifiquem" ao longo de 2025.

Em março, a instituição começou a normalizar a política monetária, pondo fim a mais de uma década de taxas negativas, e anunciou um segundo aumento no final de julho.

Na altura, o banco central alertou que a política monetária ia estar condicionada pela estabilização da inflação na ordem dos 2%.

Em junho, o Governo japonês lançou uma campanha de redução de impostos para tentar combater a inflação.

O consumo no arquipélago, que é um elemento-chave para o crescimento económico, tem sido fraco desde o início de 2022, devido tanto à inflação, como à desvalorização do iene.

O BoJ alertou, no mesmo comunicado, para "grandes incertezas" a ter em conta, incluindo a atividade económica e a evolução dos preços no exterior ou "evoluções no setor financeiro e mercados cambiais" e o impacto na economia japonesa.

Leia Também: Wall Street fecha em alta nítida com recordes do Dow Jones e S&P500

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