Bundesbank baixa previsão de crescimento económico da Alemanha para 0,3%
O Bundesbank, banco central da Alemanha, reduziu para 0,3% a previsão de crescimento económico do país para este ano, menos uma décima de ponto percentual que em dezembro passado, foi hoje anunciado.
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Num comunicado hoje divulgado, o banco central alemão também reviu em baixa, de uma décima, o crescimento económico para 1,1% em 2025, mas em contrapartida subiu a estimativa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 1,4% em 2026, mais uma décima.
A instituição assegurou que a economia voltará a crescer ligeiramente este ano e aumentará "mais fortemente nos anos seguintes" graças ao consumo e às exportações, após um período de enfraquecimento de cerca de dois anos.
"Não só o consumo privado recuperará gradualmente, como também as exportações voltarão a melhorar a partir do segundo semestre do ano. Neste contexto, a indústria também voltará a acreditar", sublinhou.
Além disso, o Bundesbank constatou que as famílias alemãs estão a beneficiar de um forte crescimento dos salários, de uma descida gradual da inflação e de um mercado de trabalho estável.
O Bundesbank reviu em alta a sua previsão de inflação para 2024 em uma décima de ponto percentual, para 2,8%, enquanto para 2025 a coloca em 2,7%, mais duas décimas que na previsão anterior, e para 2026 a mantém em 2,2%, acima do objetivo de estabilidade dos preços do Banco Central Europeu (BCE).
No caso da inflação subjacente - que não tem em conta os preços da energia e dos alimentos, por serem considerados mais voláteis - o Bundesbank aumentou a sua previsão para 2024 em uma décima de ponto percentual, para 3,1%, mas reduziu-a no mesmo montante para 2025, para 2,5%, e manteve-a para 2026 em 2,3%.
O banco central considerou que, embora seja provável que a inflação subjacente desça consideravelmente este ano, a inflação "continua a ser teimosa, especialmente no caso dos serviços", devido ao forte crescimento dos salários e às consequentes pressões sobre os custos.
A este respeito, o Bundesbank espera que os salários negociados "aumentem de forma particularmente acentuada este ano e continuem a crescer fortemente a partir de então".
Por último, as previsões da instituição apontam para uma melhoria das finanças públicas, com o défice público a cair de 2,5% no ano passado para 1,1% do PIB em 2026, graças ao fim da ajuda à pandemia do coronavírus, que compensará o forte aumento das despesas em áreas como as pensões, a defesa e o pessoal.
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