Minas onde se fizeram trabalhos forçados património da UNESCO
As antigas minas de ouro e prata da ilha japonesa do Sado, onde trabalharam e foram explorados trabalhadores sul-coreanos foram acrescentadas ao património mundial da UNESCO, noticiou a agência AFP.
© Reuters
Mundo UNESCO
A UNESCO (Organização para a Educação, Ciência e Cultura), das Nações Unidas, confirmou este sábado, durante a reunião do seu comité em Nova Deli, a inscrição destas minas, cuja candidatura destacou a preservação arqueológica das "actividades mineiras e da organização social e do trabalho".
A distinção destas minas, que se acredita serem as mais antigas da Ilha Sado, ao largo da costa noroeste do Japão, ocorre depois de o Governo sul-coreano ter retirado as suas objeções a esta nomeação.
Estas minas terão começado a operar já no século XII, mantendo a sua atividade até depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), recebendo atualmente turistas.
Durante a colonização japonesa da península coreana (1910-1945) milhares de coreanos trabalharam lá à força.
Para o Japão, as minas mereciam entrar na lista do património mundial da UNESCO devido à sua longa história e ao seu notável património desde os tempos pré-industriais, mas a Coreia do Sul opunha-se à proposta, alegando o uso de trabalho forçado coreano durante a Segunda Guerra Mundial.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul explicou que concordou com a inscrição com a garantia de que o Japão iria tomar medidas para que os visitantes refletissem sobre a história da mina.
Outros locais que foram incluídos na lista do património mundial esta semana incluem as Ilhas Marquesas, um dos cinco arquipélagos da Polinésia Francesa, e os túmulos ornamentados da dinastia Ahom, no nordeste da Índia.
Também o mosteiro de Saint-Hilarion, localizado na Faixa de Gaza, foi classificado como património mundial da UNESCO em perigo, devido à guerra entre Israel e o Hamas.
A reunião do comitê da UNESCO decorre até quarta-feira.
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