Pílula do dia seguinte ainda é vista com receio pelas portuguesas
Há quase duas décadas, foi aprovada na Assembleia da República a lei de distribuição da pílula do dia seguinte, mas o medo e desinformação ainda retrai muitas mulheres.
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Lifestyle Contraceção
Dezassete anos após a lei ser aprovada, as portuguesas ainda evitam usar a pílula do dia seguinte, sendo o medo e falta de informação os principais entraves que levam a que as portuguesas tomem uma postura que é partilhada por outras nacionalidades.
Diz a HRA Pharma, líder europeia na contraceção de emergência, que mesmo após terem relações sexuais desprotegidas, apenas 39% utilizou a pílula do dia seguinte e 12% “não são utilizadoras nem tem conhecimento sobre o tema”. Estes dados foram retirados de um estudo feito a 5000 mulheres do Reino Unido, França, Alemanha, Itália e aproximam-se do caso português, que com base num inquérito a nível nacional, aponta que “40% das portuguesas não consideravam recorrer à pílula do dia seguinte em caso de terem relações sexuais de risco para evitar uma gravidez não planeada”
Quando questionadas sobre o porquê de não optarem por esta opção, a maioria das mulheres aponta certos mitos como o risco de possível aborto ou o risco de infertilidade.
Pelo contrário, especialistas esclarecem que a pílula do dia seguinte inibe ou adia a ovulação, caso esta ainda não tenha acontecido, mas nunca interrompe uma gravidez já existente. Do mesmo modo, após o uso desta método, a fertilidade pode acontecer de imediato, o que obriga a um método contracetivo de barreira fiável, como o preservativo, em todas as relações sexuais até ao próximo período menstrual.
Como forma de acabar com tais mitos, a classe médica tem feito por esclarecer esta contraceção de emergência, como garante Teresa Bombas, presidente da sociedade portuguesa de contraceção.
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