Assunto tabu? Três em cada quatro pessoas não diz ao parceiro que tem DST
O sexo é hoje visto de maneira muito mais liberal do que há décadas atrás. É preciso que se fale sobre as doenças sexualmente transmissíveis com a mesma abertura.
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Lifestyle Contraceção
Ao contrário do que acontece com a pílula ou DIU, por exemplo, o preservativo é o único método contracetivo que, além de prevenir a gravidez, protege contra doenças sexualmente transmissíveis (DST). É ao acreditar nesta ideia que grande parte da população jovem que sofre de DST acredita ser seguro praticar sexo, graças ao uso de preservativo, e que por isso não sente necessidade de avisar o seu parceiro do problema que o infeta.
Os preservativos protegem de facto mais do que outros métodos contracetivos, mas apenas em cerca de 80%. Esta é, contudo, uma noção que muitos jovens desconhecem e que os põe, e aos parceiros sexuais, em risco.
O caso em análise teve em conta a situação de jovens britânicos universitários, dos quais 72% dos que sofrem de alguma DST admite escondê-lo do seu parceiro sexual. Ainda que para a maioria o motivo seja o desconhecimento de que o preservativo não é 100% eficaz, 43% admite não saber o porquê de não ter partilhado tal informação, o que leva a crer que não estão cientes da gravidade do problema. 10% dos inquiridos admite ter vergonha de partilhar tal informação e 8% não se sentia suficientemente próximo do parceiro para partilhar tal informação.
A quantidade de parceiros sexuais ou o facto de se praticar sexo fora de uma relação de maior intimidade não é visto como um problema para os autores do estudo em questão que reconhecem que a fase universitária é, para muitos jovens, uma altura de descoberta de si próprios e exploração de novas experiências, contudo, torna-se essencial que os devidos cuidados sejam tidos em conta e sejam devidamente partilhados entre esta população.
Como aponta Olwen Williams, presidente da associação de saúde sexual britânica, o aumento de DSTs é um grande problema. Estima-se um aumento de 148% de casos de sífilis desde a altura da segunda guerra mundial e “a maneira mais efetiva de parar a propagação da infeção é evitando as relações sexuais até que se avance com um adequado tratamento para o problema”.
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