Cinco produtos do dia a dia que são uma ameaça para o ambiente e saúde
Recentemente Palau tornou-se o primeiro país a proibir o uso de protetores solares, de modo a proteger os recifes de coral das suas águas.
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Lifestyle Perigo
Para muitos consumidores, os efeitos nocivos do produto talvez sejam uma novidade, como salienta uma reportagem divulgada pela BBC.
Porém, a maioria dos cientistas crê que os 10 ingredientes químicos encontrados na composição da maioria dos protetores solares são altamente tóxicos para a vida marinha, podendo inclusive tornar os corais mais suscetíveis à descoloração.
O protetor solar, porém, está longe de ser o único produto do quotidiano com impactos negativos sobre o meio ambiente.
Descubra outros cinco produtos e alimentos, que poderão surpreendê-lo. Alguns deles, com riscos também para a saúde:
As pílulas anticoncepcionais
Lina Nikoleris, autora de um estudo sueco, divulgado em 2016, descobriu que a hormona etinilestadiol (EE2), uma versão sintética do estrogénio encontrada em algumas pílulas, estava a alterar o comportamento e a genética de alguns peixes.
Quando libertado na água como um resíduo, o EE2 demonstrou ser a causa de mudanças no equilíbrio genético de seres como o salmão e a truta, que têm mais receptores de estrogénio que os humanos.
O estudo também identificou que essa hormona torna mais difícil para os peixes capturar alimentos.
"Estudos anteriores mostraram que os peixes também desenvolvem problemas para procriar", disse Nikoleris.
"Isso pode levar à extinção de toda uma população de peixes, assim como a outras consequências para ecossistemas inteiros".
Abacate
Sim, este popular alimento também é prejudicial para o meio ambiente.
A organização holandesa Water Footprint Network, que faz campanha pelo uso mais eficiente da água, calculou que, para cultivar um único abacate, são necessários cerca de 272 litros de água.
Os efeitos disso são devastadores para as regiões onde a fruta é cultivada.
Abacaxi
A chamada 'rainha das frutas' é cultivada a um ritmo alucinante, o que faz com que em algumas partes do mundo esteja a afetar negativamente a natureza.
Na Costa Rica, um dos maiores produtores mundiais de abacaxis, milhares de hectares de florestas foram desflorestados para dar lugar à plantação destas frutas.
A Federação de Conservação da Costa Rica diz que florestas inteiras desapareceram da noite para o dia, causando danos irreversíveis.
Champô
O óleo de palma é um dos óleos vegetais mais eficientes e versáteis do planeta, mas o seu uso generalizado levou igualmente a uma desflorestação significativa.
Num relatório de 2018, o grupo de conservação WWF alertou que a transformação de florestas tropicais e turfeiras em plantações de óleo de palma libertou "enormes quantidades de dióxido de carbono para a atmosfera, propiciando a incidência de mudanças climáticas e destruindo o habitat de espécies como os orangotangos".
Enquanto muitos estão cientes da presença de óleo de palma em produtos comestíveis, como chocolate, margarina, gelados, pão e biscoitos, menos conhecem o seu papel em diversos produtos para o lar.
No champô, por exemplo, o óleo de palma é usado como uma forma de condicionador.
O mesmo óleo é encontrado em produtos como batons, detergentes para a roupa, sabonetes e pastas de dentes.
Aromatizantes
Não é apenas com a poluição do ar que as pessoas devem tomar cuidado. A má qualidade do ar dentro de casa, causada por produtos domésticos do dia-a-dia, como os aromatizantes, é tão ou mais prejudicial.
Os aromatizantes muitas vezes contêm uma substância química chamada limoneno, comummente usada para dar um perfume cítrico ao ambiente, e também é usado em alimentos.
Não é o fato de conter um produto químico, por si só, que faz dele um grande perigo para a saúde. Mas uma vez libertado no ar pode tornar-se um problema.
Uma experiência realizada pela BBC identificou que quando o limoneno reage com o ozono presente no ar, produz formaldeído - um dos produtos químicos de uso atual mais comuns e perigosos.
De acordo com informações publicadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, no Brasil, a exposição a altas concentrações desse produto pode causar falta de ar, salivação excessiva, espasmos musculares, coma e eventualmente a morte.
O formaldeído também é considerado cancerígeno para os humanos.
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