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Vegetarianos e vegans apresentam risco 20% maior de morrer de enfarte

O efeito potencialmente letal estaria ligado à deficiência nutricional causada pela exclusão de produtos de origem animal fundamentais para o funcionamento do organismo.

Vegetarianos e vegans apresentam risco 20% maior de morrer de enfarte
Notícias ao Minuto

10:24 - 09/09/19 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Enfarte

Uma dieta baseada em produtos de origem vegetal está associada a uma série de benefícios de saúde, além de ser benéfica para o planeta.

Todavia, uma nova pesquisa alerta para os riscos de saúde relacionados a prática das dietas vegan e vegetarianas. Investigadores apuraram que regimes alimentares que excluem a ingestão de carne aumentam o risco de sofrer enfartes e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

O efeito trágico porque esse tipo de alimentação reduz o consumo de determinados nutrientes, encontrados apenas – ou mais facilmente – em produtos de origem animal, como a vitamina B12 e vitamina D. Outra ligação com o risco é a menor quantidade de colesterol circulante no organismo. O colesterol circulante é composto por colesterol produzido pelo fígado (70% a 80% do colesterol total do organismo) e é fundamental para o funcionamento do corpo, incluindo produção de hormonas, vitamina D, ácidos biliares e cortisona (que atua na capacidade anti-inflamatória e imunossupressora).

“O nosso estudo sugere que adotar uma dieta vegan ou vegetariana pode não ser universalmente benéfico para todos os resultados de saúde”, comentou Stephen Burgess, principal autor da pesquisa, ao jornal britânico The Telegraph. Apesar disso, o estudo, publicado no periódico British Medical Journal indica que dietas baseadas em produtos de origem vegetal aumentam o risco de problemas cardíacos em 22%. Para aqueles que comem apenas peixe, o valor é de 13%". 

O estudo

Para chegar a este resultado, cientistas  da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, analisaram os dados de 48.188 indivíduos entre 1993 e 2001 que não tinham histórico de doença cardíaca ou AVC. Os participantes responderam a questionários sobre estilo de vida, histórico médico e dieta. Com base nessas informações, descobriu-se que 24.428 pessoas consumia uma dieta carnívora, 16.254 eram vegans ou vegetarianas e 7.506 pescetarianas (vegetariano que come peixe). Em 2010, os cientistas reaplicaram os questionários para verificar se houve alguma mudança na dieta.

Os participantes continuaram a ser acompanhados até 2016. Durante o estudo, a equipa registou a ocorrência de 2.820 casos de doença cardíaca e 1.072 de AVC. Depois de excluir fatores de riscos para os dois problemas de saúde, a análise dos dados mostrou que os vegans e vegetarianos estavam em maior risco de sofrerem ataques cardíacos e AVCs hemorrágicos. 

Apesar dos resultados, os investigadores ressaltam a necessidade de realizar novos estudos para confirmar as descobertas.

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