Investigadores liderados pela Escola de Psicologia da Universidade de Shenzhen, na China, inscreveram 70 homens saudáveis no seu estudo, revela um artigo publicado no jornal The Sun.

Os académicos criaram uma situação hipotética em que os participantes da pesquisa foram questionados se estariam dispostos a partilhar cerca de 40 euros com vários parentes, amigos e estranhos.

Previamente tinha sido aplicado um gel nos ombros de metade dos voluntários, que não estavam cientes de que o produto continha 150mg de testosterona.

Durante o estudo, os cientistas observaram a atividade cerebral dos indivíduos através da realização de uma ressonância magnética.

Aqueles que tinham níveis mais elevados de testosterona na sua corrente sanguínea devido ao gel estavam menos propensos a dividir o dinheiro com pessoas que não conheciam.

Esses indivíduos optaram por ficar com todo o dinheiro, enquanto aqueles que não haviam recebido o gel de testosterona - integrados no grupo placebo - ficaram felizes em doar alguma da quantia como um ato de generosidade.

Sendo que quase todos voluntários deram dinheiro às pessoas que lhes eram próximas e pertenciam ao seu círculo social.

As ressonâncias cerebrais detetaram um menor nível de atividade numa área do cérebro chamada 'junção temporoparietal', associada ao pensamento social e à empatia.

Yin Wu, co-autor do estudo, disse que o estudo sugere que a testosterona "reduz a atividade no TPJ do cérebro". 

Além disso, quem estava no grupo placebo apresentava uma relação mais forte entre a junção temporoparietal e outra área do cérebro ligada com a recompensa e a capacidade de avaliar o quanto a pessoa quer algo.

Essas duas áreas mostraram ter uma maior conexão no grupo placebo, sugerindo que tal levou à generosidade com os demais.

Os investigadores escreveram no seu artigo, publicado na revista médica PNAS: "estabelecemos uma ligação entre o aumento da testosterona e o egoísmo na decisão económica, criando e identificando os mecanismos neurais através dos quais a testosterona reduz a generosidade".

"Achamos que a testosterona induz escolhas mais egoístas, sobretudo quando outros estão no panorama", concluíram. 

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