Investigadores criam moléculas capazes de neutralizar coronavírus
Peptídeos ligam-se ao recetor ACE2 antes da proteína espícula (também conhecida como proteína 'spike'), usada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 para infetar o hospedeiro.
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Investigadores da Universidade de Toronto, no Canadá, desenvolveram réplicas de peptídeos, denominadas peptidomiméticos, que neutralizaram o coronavírus e detetaram a presença da infeção em culturas de células humanas, reporta um artigo publicado pela revista Galileu.
Os peptidomiméticos identificados que integram o grupo dos D-peptídeos, foram criados com o intuito de simularem a proteína espícula, utilizada pelo SARS-CoV-2 para se fixar no recetor ACE2 - uma substância que vive na superfície de várias células do corpo humano.
No decorrer do estudo, as moléculas desenvolvidas pelos cientistas conseguiram ligar-se a esse recetor antes mesmo do próprio coronavírus, impedindo, assim, a instalação da infeção.
De acordo com a pesquisa, explica a Galileu, os D-peptídeos neutralizaram igualmente com uma potência similar a infeção pelas variantes Alpha, Beta e Gama.
Os resultados desta experiência laboratorial foram divulgados no Journal of Medicinal Chemistry.
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