A vida poderá mesmo 'passar-nos à frente dos olhos' quando morremos
É o que indica um novo estudo, resultado de um “acidente” científico.
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Lifestyle Morte
Ao medir as ondas cerebrais de um paciente de 87 anos com epilepsia que, durante uma das sessões, morreu de ataque cardíaco, uma equipa de cientistas poderá ter tido acesso ao momento em que a sua vida ‘lhe passou à frente dos olhos’.
Durante os 30 segundos antes e depois da morte, a gravação indica que as ondas cerebrais do homem seguiram o mesmo padrão destinado aos sonhos ou à recordação de memórias, sugerindo que, nos últimos momento de vida, uma pessoa poderá revisitá-la.
Ajmal Zemmar, neurocirurgião na Universidade de Louisville e coautor do estudo publicado na terça-feira no jornal Frontiers in Aging Neuroscience, disse à BBC que a equipa de Vancouver, no Canadá, obteve de forma acidental a primeira gravação do que se passa no cérebro quando morremos.
“Foi totalmente por acaso, não tínhamos planeado fazer esta experiência ou obter estes sinais”, reiterou, salientando, contudo, ser impossível decifrar aquilo que o homem poderá ter visto.
O estudo levanta ainda questões sobre quando é que a vida se dissipa realmente – quando o coração deixa de bater ou, por outro lado, quando o cérebro perde atividade. A conclusão, no entanto, não poderá ser tirada a partir de um só estudo.
Os mesmos resultados já tinham sido obtidos num estudo de 2013, com ratos saudáveis. Agora, Zemmar espera que os resultados num ser humano abram portas a novos estudos sobre os momentos finais da vida.
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