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Descobertas variantes genéticas associadas ao comportamento bissexual

Trata-se do resultado de um estudo feito nos Estados Unidos.

Descobertas variantes genéticas associadas ao comportamento bissexual
Notícias ao Minuto

07:42 - 04/01/24 por Lusa

Lifestyle Sexualidade

Uma equipa de investigadores da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos, identificou variantes genéticas associadas ao comportamento bissexual humano, que apontam como distintas do comportamento exclusivamente homossexual.

O estudo, publicado esta terça-feira na revista Science Advances e citado pela agência Efe, baseia-se na análise de dados de 452.557 participantes do sexo masculino no Biobanco do Reino Unido, todos estes de origem europeia.

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Os cientistas acreditam que a orientação sexual é influenciada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

No caso da origem genética, uma vez que o comportamento sexual entre pessoas do mesmo sexo não dá origem a descendência, os biólogos evolucionistas questionam-se há décadas como é que os genes associados à orientação homossexual persistiram no genoma humano.

Tentando responder a essa questão, a análise da Universidade de Michigan identificou genes exclusivamente associados à bissexualidade, além daqueles associados exclusivamente a homossexuais.

Tratam-se de variantes genéticas comuns a pessoas propensas a correr riscos, ou seja, "com tendência a realizar ações à procura de recompensa apesar das consequências negativas que podem acarretar", sublinharam.

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Isto incluiria, no caso das relações sexuais, uma maior tendência à promiscuidade e ao não uso de proteção, razão pela qual o estudo aponta que os homens heterossexuais que carregam as variantes genéticas associadas ao comportamento bissexual têm mais filhos do que a média.

Contudo, os autores reconheceram que a representação demográfica do grupo de estudo é limitada e enfatizaram que a genética provavelmente desempenha apenas um papel menor na determinação da orientação sexual, em comparação com fatores ambientais.

Os investigadores alertaram também que os seus resultados "contribuem predominantemente para a diversidade, riqueza e melhor compreensão da sexualidade humana".

"Não pretendem, de forma alguma, sugerir ou endossar a discriminação baseada no comportamento sexual", frisaram.

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