Quais são os tipos de mentiras mais comuns? Estudo tem a resposta
Investigadores descobriram também alguns dos efeitos psicológicos mais comuns das mentiras.
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Quase toda a gente mente com frequência e existem sempre diferentes motivos. Por isso, os cientistas da Universidade de Twente, nos Países Baixos, organizaram quatro experiências com o objetivo de analisar os efeitos psicológicos da mentira.
Graças a isto, concluíram que as mentiras mais comuns que as pessoas contam "são aquelas que as fazem parecer melhores perante os outros", explica. Já as mentiras que ajudam a proteger alguém são menos comuns.
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Os investigadores pediram a 285 pessoas - com idades entre os 18 e os 75 anos - para registarem todas as suas mentiras durante um dia. E, assim, concluíram que cerca de 22% dos indivíduos contaram uma mentira egocêntrica de modo a aumentar os seus sucessos ou realizações.
Já a grande maioria da amostra, 70%, não relatou mentiras. Por último, uma pequena minoria, apenas 8%, afirmou ter contado mentiras relacionadas com outras pessoas normalmente com o objetivo de proteger os sentimentos de outra pessoa.
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Durante outra experiência, os investigadores pediram a cada um que respondesse a perguntas consideradas difíceis e que, normalmente, são respondidas com mentiras. Depois tinham confirmar se mentir ou não.
Com isto mediram a autoestima, nervosismo, desconforto e infelicidade. Resultados mostraram que 46% dos voluntários admitiram que mentiriam. Descobriram também que os indivíduos que mentiram tinham uma autoestima significativamente mais baixa e mais sentimentos negativos no geral.
Para a experiência seguinte, os participantes revelaram situações em que tinham mentido ou decidido dizer a verdade. E os investigadores monitorizaram as emoções negativas e positivas enquanto falavam sobre o acontecimento.
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Claro, os resultados foram os mesmos: "os participantes que se lembraram de cenários em que tinham mentido tinham uma autoestima mais baixa" e, além disso, "menos emoções positivas do que aqueles que se lembraram de cenários em que tinham dito a verdade".
Para o último teste, cada um relatou os seus hábitos de mentira e a sua autoestima, ao longo de cinco dias.
Quando alguém contava uma mentira, a sua autoestima era mais baixa do que no dia anterior, "o que sugere que as pessoas que mentem não têm geralmente uma baixa autoestima, mas que o ato de mentir diminui a autoestima", concluem.
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