Todas as atenções centradas nos esquadrões de morte nazis
Os procuradores alemães estão a investigar um homem suspeito de ter pertencido aos infames ‘Einsatzengruppen’, os esquadrões da morte nazis. Especialistas acreditam que tenham sido responsáveis pela morte de mais de um milhão de pessoas.
© Getty Images
Mundo II Guerra Mundial
A justiça alemã está a investigar Wilhelm Karl Hoffmeister, de 95 anos, suspeito de ter sido um cabo de um esquadrão de morte nazi que cometeu crimes de guerra na Ucrânia em 1941, revela a Associated Press. Este Einsatzegruppe (esquadrão da morte) foi responsável pela execução de pelo menos 34 mil pessoas em Babi Yar, uma ravina a noroeste de Kiev, e é considerado um dos maiores homicídios em massa cometidos por estas forças ao serviço de Adolf Hitler.
Os procuradores de Ludwigsburg sabem que Hoffmeister esteve com aquela unidade na Ucrânia naquela altura, mas não conseguem ligá-lo a qualquer crime específico.
No entanto, este antigo nazi está a ser investigado com base num novo argumento legal avançado pelo supremo tribunal alemão, no qual alguém que tenha ajudado a máquina nazi a matar pessoas pode ser julgado como cúmplice de homicídio em massa, mesmo que não possa ser ligado a qualquer homicídio específico.
Este é o terceiro caso a ser aberto nos últimos meses na Alemanha contra indivíduos suspeitos de terem pertencido a estes esquadrões da morte e que cometeram crimes durante a Segunda Guerra Mundial. Faz parte de um esforço da justiça alemã de julgar estes ex-nazis.
Apesar de não haver uma estimativa consensual, os especialistas concordam que os ‘Einsatzengruppen’ foram responsáveis pela morte de mais de um milhão de pessoas.
Um dos motivos que levaram os altos dirigentes nazis a estabelecerem o sistema de campos de concentração deveu-se aos efeitos psicológicos que as execuções em massa tinham nos soldados que pertenciam a estes esquadrões da morte.
“Os campos de extermínio e de concentração tornaram-se a imagem de marca do Holocausto, mas foram os ‘Einsatzengruppen’ que foram, talvez, uma manifestação ainda mais dura da ideologia nazi e da solução final”, disse Efraim Zuroff, o principal ‘caçador de nazis’ do Simon Wiesenthal Center em Jerusalém.
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