Angola quer chegar ao grupo dos países de Desenvolvimento Humano Elevado
O Governo angolano assumiu o objetivo de integrar, até 2025, o grupo dos países de Desenvolvimento Humano Elevado, necessitando para isso de subir quase 50 posições no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU.
© Lusa
Mundo Objetivo
A pretensão consta do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, aprovado pelo Governo e publicado oficialmente a 29 de junho, contendo um conjunto de programas com a estratégia governamental para o desenvolvimento nacional na atual legislatura, através de vários programas.
Angola encontra-se na posição 150 (entre 188 países) da lista IDH de 2016, divulgada pela ONU, no grupo dos países de Baixo Desenvolvimento humano, com um índice de 0,533 (contra 0,390 em 2000, antes do fim da guerra civil), atrás da Síria e da Suazilândia.
No Plano de Desenvolvimento Nacional para os próximos cinco anos, o Governo angolano assume a meta de concretizar, até 2025, a integração no grupo dos países de Desenvolvimento Humano Elevado, com índice superior a 0,70, a partir, atualmente, da posição 106 da lista da ONU.
Na listagem atual, entre os elementos que formam o IDH, Angola tem uma esperança de vida à nascença de 52,7 anos - o Governo angolano garante que é de 60,29 anos, em função dos dados do censo da população, de 2014 -, de 11,4 anos de escolaridade esperada para cinco anos frequentados em média (até aos 23 anos) e um Produto Nacional Bruto (PNB) per capita de 6.291 dólares.
A "expansão do sistema educativo", assume o Governo no PDN, "constitui um pilar fundamental para a melhoria do desenvolvimento humano dos angolanos".
O sistema educativo nacional registou, em sete anos, um aumento de 2,5 milhões de alunos. Em 2009 estavam inscritos 5,8 milhões de estudantes, número que cresceu para cerca de 10 milhões no ano letivo 2018, segundo o Governo.
"A taxa de alfabetização de jovens e adultos atingiu 75%, quando no início do século não chegava aos 50%. Nos últimos anos, estiveram, em média, mais de 800 mil alunos em programas de alfabetização", lê-se no PDN.
Para alcançar a meta do grupo dos países Desenvolvimento Humano Elevado, Angola assume que terá ainda de melhorar os indicadores da taxa de mortalidade infantil, de 80 por 1.000 nados-vivos, ainda assim uma redução face aos 180 em 2009.
Além disso, a taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos é de 120 por cada 1.000 nados-vivos e "o estado de nutrição dos angolanos, em especial das crianças, continua a ser uma questão grave", como aponta o PDN,
"Uma vez que 38% das crianças sofrem de malnutrição crónica moderada e 15% de malnutrição grave, situação que se agrava mais nas áreas rurais", lê-se no documento.
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