Mais de 400 Capacetes Brancos retirados da Síria por Israel
Mais de 400 Capacetes Brancos (socorristas sírios) e suas famílias chegaram hoje à Jordânia, depois de serem retirados da Síria por Israel, segundo o ministro jordano dos Negócios Estrangeiros.
© Reuters
Mundo Risco
As informações iniciais davam conta da retirada e transferência de 827 socorristas e seus familiares, que se encontravam "em risco de vida" devido ao avanço das tropas de Bashar al-Assad na zona controlada por rebeldes.
Mas apenas 422 chegaram à Jordânia, onde deverão ficar no máximo três meses, uma etapa provisória antes da sua transferência para os países que disponibilizaram acolhimento: Alemanha, Canadá e Reino Unido.
A Jordânia aceitou receber os 'capacetes brancos' que estavam em risco de vida "meramente por razões humanitárias", numa operação inédita, realizada em segredo pelo exército israelita, a pedido dos Estados Unidos e de países europeus.
Os Capacetes Brancos, uma organização síria de defesa civil, têm sido celebrados pelas suas operações de socorro na Síria, onde o conflito já provocou mais de 350.000 mortos, e chegaram a ser propostos para o Nobel da Paz em 2016.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, considera-os terroristas, mas os socorristas afirmam a sua neutralidade e não-afiliação com nenhum grupo político ou armado.
O chefe dos Capacetes Brancos, Raíd Saleh disse à agência de notícias AFP que "alguns voluntários foram retirados com as suas famílias por razões puramente humanitárias" pois encontravam-se em perigo nas províncias de Quneitra e Deraa, devido às "ameaças repetidas da Rússia e do regime".
Moscovo (aliado de Assad) e Damasco acusam os socorristas de estarem aliados a grupos jihadistas e de veicularem "mentiras" sobre as suas operações militares.
Segundo o exército israelita, a operação desenrolou-se na noite de sábado e os familiares dos Capacetes Brancos são sobretudo crianças.
"Estas pessoas salvaram vidas e a delas estava agora em perigo, por isso aceitei levá-los para outro país através de Israel", declarou o primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
A imprensa estatal síria não faz qualquer referência à retirada dos Capacetes Brancos, mas noticia um ataque aéreo israelita que visou uma "posição militar" do regime no oeste do país, e que provocou "apenas prejuízos materiais".
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