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Polícia holandesa acaba com bloqueio da Greenpeace a navio brasileiro

A polícia holandesa deteve 11 ativistas da Organização não Governamental (ONG) ambientalista Greenpeace na Holanda por bloquear o acesso ao porto de Amesterdão por 18 horas a um navio com 60 milhões de quilos de soja do Brasil.

Polícia holandesa acaba com bloqueio da Greenpeace a navio brasileiro
Notícias ao Minuto

09:39 - 12/05/22 por Lusa

Mundo Holanda

A Greenpeace adiantou que a polícia deteve oito alpinistas e três ativistas que estavam em barcos e faziam parte de um grupo de mais de 60 voluntários da Europa e do Brasil que bloquearam as eclusas pelas quais o navio "Crimson Ace" com 225 metros de comprimento, ia passar para entrar no porto.

O protesto da organização visa exigir uma lei "forte" na União Europeia (UE) contra a desflorestação.

A organização reivindica uma legislação forte e destaca que já existe um projeto de lei da UE em cima da mesa que "poderia acabar com a cumplicidade da Europa na destruição da natureza, mas está longe de ser forte o suficiente".

A Greenpeace pretendia levantar o bloqueio apenas se os ministros da UE se comprometessem publicamente a ajustar o projeto de lei antes de uma reunião marcada para o final de junho.

"Centenas de navios com soja para ração animal, carne e óleo de palma chegam aos nossos portos todos os anos. Os europeus podem não ser os que conduzem os tratores, mas através desse comércio, a Europa partilha a responsabilidade pelos incêndios no Brasil", disse o diretor do Greenpeace Holanda.

Andy Palmer considerou este navio como "parte de um sistema alimentar quebrado ligado à destruição da natureza" com o objetivo de produção industrial de carne.

Os alpinistas bloquearam os portões das eclusas com uma faixa que dizia: "UE: pare a destruição da natureza agora".

"Fomos expulsos de nossas terras e os nossos rios estão poluídos com veneno, tudo para dar espaço à expansão do agronegócio. A Europa partilha a responsabilidade pela destruição das nossas casas. Mas essa legislação pode ajudar a impedir a destruição futura", alertou Alberto Terena, líder indígena do Conselho do Povo Terena, no Mato Grosso do Sul.

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