Morreu esta quarta-feira o último soldado norte-americano a receber a Medalha de Honra durante a Segunda Guerra Mundial. Hershel W. 'Woody' Williams participou na frente de batalha no Oceano Pacífico e morreu aos 98 anos.

O anúncio da morte de 'Woody' Williams foi feito pelas redes sociais pela fundação com o nome do antigo soldado, que se foca no enaltecimento dos soldados veteranos norte-americanos.

No comunicado, a fundação acrescenta que o antigo militar morreu num centro médico para veteranos de guerra com o seu nome, em Huntington, no estado da Virgínia Ocidental.

"The Cause Is Greater Than I..."-Woody Williams pic.twitter.com/NBo3JYSu7m

— Woody Williams Foundation (@WWFoundation) June 29, 2022

Segundo a NBC News, Williams lutou em 1945 na batalha de Iwo Jima, no Oceano Pacífico, uma das batalhas mais mortíferas e intensas da frente pacífica da Segunda Guerra Mundial, na qual os Estados Unidos conquistaram a ilha ao Império Japonês.

Williams foi condecorado aos 22 anos por ter destruído uma série de posições defensivas japonesas na ilha, tendo recebido a Medalha de Honra do Congresso pelo então presidente Harry Truman - a maior condecoração de valor militar dos Estados Unidos.

Em 2018, durante uma cerimónia de reconhecimento, 'Woody' Williams disse que receber a Medalha de Honra salvou-lhe a vida porque forçou-o a "falar sobre as experiências, que foram uma terapia que nunca tinha tido".

A NBC acrescenta que as ações do soldado ajudaram os tanques e a infantaria norte-americana a avançar pela ilha, numa batalha que durou cinco semanas. Williams "voluntariou-se quando os tanques tentavam avançar numa rede de minas e areias vulcânicas". "Williams seguiu corajosamente sozinho na tentativa de reduzir o fogo devastador das metralhadoras em posições difíceis", aponta, citando o site das Medalhas de Honra.

Herschel Williams fez parte da Marinha norte-americana depois da guerra, servindo durante mais de 20 anos e trabalhando durante 33 anos como um representante dos veteranos de guerra dos Estados Unidos.

O centro médico onde morreu, em Huntington, passou a ter o seu nome em 2018, e a Marinha anunciou em 2020 que uma base naval móvel também teria o nome do herói de guerra.

A Segunda Guerra Mundial, na frente pacífica, foi geograficamente a maior frente de batalha do confronto. Morreram mais de 400 mil soldados norte-americanos e mais de 2 milhões de japoneses, fora outras centenas de milhares de mortos entre soldados chineses e da Commonwealth.

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