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"Tenho medo". Jogadora de basquetebol detida pede ajuda a Biden

Brittney Griner, estrela da WNBA, foi detida em fevereiro na Rússia, antes do início da guerra.

"Tenho medo". Jogadora de basquetebol detida pede ajuda a Biden
Notícias ao Minuto

23:21 - 04/07/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Brittney Griner

A estrela de basquetebol norte-americana Brittney Griner, detida em fevereiro num aeroporto russo, escreveu à mão uma carta endereçada ao presidente Joe Biden, pedindo-lhe "o que for possível" para assegurar o seu regresso a casa.

Griner, jogadora na WNBA (a liga feminina de basquetebol dos Estados Unidos) pelas Phoenix Mercury, foi presa pelas autoridades russas depois de ter sido acusada de tráfico de estupefacientes, por ter alegadamente um vaporizador com cartuchos de uma derivação de canábis.

A defesa da atleta (que nas férias da liga americana, joga numa equipa da liga russa) não esclareceu a substância técnica com que a atleta foi detida, já que uma das substâncias possíveis é o CBD, um componente da canábis que é legal nos Estados Unidos e em muitos países do mundo, mas não na Rússia.

Na carta ao presidente norte-americano, Brittney Griner conta que está com "medo" do que a Rússia possa fazer com o seu caso, mediante as tensões diplomáticas entre os dois países.

"Enquanto estou sentada numa prisão russa, sozinha com os meus pensamentos e sem a proteção da minha mulher, família, amigos, a camisola olímpica ou qualquer uma das minhas condecorações, receio que possa ficar aqui para sempre", escreveu a basquetebolista, num dos excertos relevados por uma porta-voz e citados pela NBC News.

A Casa Branca ainda comentou a carta de Griner. A comunicação entre a administração norte-americana e o caso da atleta tem sido muito criticado, especialmente pela mulher da atleta, Cherelle Griner, que acusou o Departamento de Estado de falta de atenção por não ter assegurado a primeira chamada em quatro meses entre as duas - alegadamente, por falta de staff na embaixada.

Sobre a esposa, Brittney Griner disse que "tem saudades" suas. "Tenho saudades da minha família! Das minhas colegas de equipa! Matam-me saber que eles estão a sofrer tanto agora", acrescentou, antes de suplicar a Biden o seu pedido. "Fico grata por qualquer coisa que possa fazer para me levar a casa", disse.

Na carta, a basquetebolista natural de Houston também faz referências às liberdades garantidas pelos norte-americanos no seu Dia da Independência (que se celebra esta segunda-feira), apelando por isso a Biden que "não se esqueça" de si e "dos outros detidos norte-americanos".

"Por favor, faça tudo o que puder para nos trazer a casa. Votei pela primeira vez em 2020 e votei em si. Eu acredito em si. Eu ainda tenho tanta coisa boa para fazer com a minha liberdade que você pode ajudar a restaurar", terminou Griner.

A resposta diplomática da Casa Branca sobre a detenção da cidadã norte-americana é que esta foi presa ilegalmente, e garantem estar a trabalhar na sua libertação.

A verdade é que o caso de Brittney Griner, juntamente com outros dois soldados norte-americanos detidos na Ucrânia, tornou-se num dos palcos de tensão entre a diplomacia dos EUA e da Rússia, deteriorada pela guerra na Ucrânia e pela série de sanções que daí vieram.

Leia Também: Julgamento de basquetebolista detida na Rússia. "Ela mantém a esperança"

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