Papa critica quem "minimiza" história das vítimas de abusos na Igreja
Francisco assume que a violência e o encobrimento, por parte de bispos e superiores religiosos, “deixaram uma marca indelével” em muitas pessoas.
© FILIPPO MONTEFORTE/AFP via Getty Images
Mundo Abusos sexuais
O Papa criticou hoje quem "minimiza" a história das vítimas de abusos sexuais na Igreja. Numa mensagem divulgada pelo Vaticano, Francisco afirmou que "quem minimiza o impacto desta história ou minimiza o perigo atual desonra aqueles que tanto sofreram e engana aqueles a quem diz servir".
"O vosso trabalho a favor da proteção dos mais vulneráveis, é urgente e essencial", escreveu, citado pela agência Ecclesia, valorizando as três palavras-chave "Atender, Informar e Comunicar", que dão título ao congresso "para uma gestão eficaz dos casos de abuso sexual", que decorre em Assunção, no Paraguai.
Francisco considerou ainda que, "tal como uma violação, ou uma traição, o abuso sexual por parte do clero e o seu encobrimento por parte dos bispos e superiores religiosos, deixou uma ferida indelével no corpo de Cristo, a Igreja, devido ao dano causado a tantas pessoas".
Para o Papa, a Igreja enfrenta um "trabalho doloroso, mas necessário", que exige a implementação de procedimentos "claros" para a proteção de pessoas vulneráveis, uma "parte integrante do trabalho e uma prioridade em cada Igreja local", com o apoio da Cúria Romana.
O objetivo, indica o Pontífice, é que "as pessoas abusadas tenham formas claras e acessíveis de procurar justiça", anunciando que, em breve, será publicado um relatório da comissão sobre a "adequabilidade das políticas e práticas adequadas em toda a Igreja".
Por fim, recorda que "o abuso sexual por parte de qualquer pessoa na Igreja, sempre que tenha ocorrido, é um perigo claro e presente para o bem-estar do povo de Deus e a sua má gestão continuará a degradar o Evangelho do Senhor aos olhos de todos".
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