Irlanda reconhece formalmente Estado da Palestina após Espanha e Noruega
A Irlanda reconheceu formalmente o Estado da Palestina, esta terça-feira, juntando-se a Espanha e à Noruega, anunciou o governo irlandês.
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A Irlanda reconheceu formalmente o Estado da Palestina, esta terça-feira, juntando-se a Espanha e à Noruega, anunciou o governo irlandês.
"O Governo reconhece a Palestina como um Estado soberano e independente e concordou em estabelecer relações diplomáticas plenas entre Dublin e Ramallah", refere um comunicado do Governo, que dá conta ainda que o reconhecimento foi aprovado numa reunião do gabinete, na manhã de terça-feira.
Segundo a nota, citada pela Reuters, "será nomeado um embaixador da Irlanda no Estado da Palestina e será criada uma Embaixada da Irlanda em Ramallah".
O primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, afirmou que a decisão tem por objetivo manter viva a esperança de paz. "Esta decisão da Irlanda tem como objetivo manter viva a esperança. Trata-se de acreditar que a solução de dois Estados é a única forma de Israel e a Palestina viverem lado a lado em paz e segurança", destacou, em declarações citadas no comunicado.
"Apelo mais uma vez ao primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, para que ouça o mundo e acabe com a catástrofe humanitária a que estamos a assistir em Gaza", frisou ainda.
De recordar que também a Noruega e Espanha já reconheceram formalmente o Estado da Palestina, esta terça-feira, tal como estava previsto.
Eslovénia e Malta disseram também que ponderam dar este passo em breve e somar-se a Espanha, Irlanda e Noruega.
Mais de 140 países reconhecem já a Palestina como Estado, alguns deles, membros da União Europeia (UE), como Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia, que deram o passo em 1988, antes de aderirem ao bloco europeu.
A Suécia fez o mesmo em 2014, cumprindo uma promessa eleitoral dos sociais-democratas então no poder.
O conflito foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 36.000 mortos e uma grave crise humanitária, segundo o Hamas, que governa o enclave palestiniano desde 2007.
[Notícia atualizada às 13h07]
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