Ataque a primeira-ministra dinamarquesa não teve "motivação política"
A hipótese é formulada pela própria polícia dinamarquesa.
© Sergii Kharchenko/NurPhoto via Getty Images
Mundo Dinamarca
O ataque à primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, provavelmente não teve "motivação política", avançou a polícia dinamarquesa.
"A nossa hipótese de trabalho atual é que o incidente não tem motivação política", lê-se na mensagem na rede social X (antigo Twitter), na qual as autoridades esclarecem que o juiz colocou o suspeito, um homem de 39 anos, em prisão preventiva até 20 de junho.
Segundo o gabinete da primeira-ministra, Mette Frederiksen sofreu uma "ligeira tensão no pescoço". Foram também cancelados os compromissos para este sábado.
"Depois de ter sido agredida ontem [sexta-feira], a primeira-ministra Mette Frederiksen foi levada para o Rigshospitalet (Hospital Nacional da Dinamarca) para ser submetida a um exame médico. A agressão provocou uma ligeira entorse cervical", indica o gabinete, acrescentando que a primeira-ministra estava "abalada pelo incidente" e que, por conseguinte, cancelou o seu programa para o dia.
Grundlovsforhøret af den 39 årige mand, der blev anholdt som følge af episoden på Kultorvet igår er slut. Han blev varetægtsfængslet frem til den 20 juni.
— Københavns Politi (@KobenhavnPoliti) June 8, 2024
O gabinete da primeira-ministra disse à emissora estatal dinamarquesa DR, na sexta-feira, que Frederiksen estava "chocada" com o que aconteceu.
Duas testemunhas oculares, Anna Ravn e Marie Adrian, disseram ao diário BT que viram um homem a caminhar em direção a Frederiksen e depois "empurrá-la com força no ombro para que fosse afastada para o lado", mas salientaram que a primeira-ministra não caiu.
Outra testemunha, Kasper Jørgensen, disse ao tabloide Ekstra Bladet que um homem bem vestido, que parecia fazer parte da unidade de proteção de Frederiksen, e um agente da polícia derrubaram o alegado agressor.
Søren Kjærgaard, que trabalhava num bar na Praça Kultorvet, onde ocorreu o incidente, disse ao BT que viu Frederiksen após o incidente e que ela não tinha ferimentos visíveis no rosto, mas que se afastou rapidamente.
Os políticos do país escandinavo e do estrangeiro, incluindo Portugal, já condenaram a agressão.
A primeira-ministra de 46 anos fez um exame no hospital, segundo um comunicado citado pela AFP.
Por sua vez, o suspeito de 39 anos resmungava e parecia ausente no momento da sua detenção, disse a acusação durante a audiência, segundo os media dinamarqueses.
Parecia estar embriagado, segundo um relatório médico citado pelo procurador. O homem terá agredido com um soco no braço a primeira-ministra, de acordo com a acusação.
A agressão ocorreu numa praça do centro de Copenhaga e duas testemunhas disseram ao diário dinamarquês BT que viram Mette Frederiksen chegar e um homem que vinha na direção oposta empurrá-la com força no ombro, o que a fez cambalear, mas sem cair.
[Notícia atualizada às 17h02]
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