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Irlanda exige revisão de acordos entre União Europeia e Israel

O primeiro-ministro irlandês pediu hoje uma revisão urgente do Acordo de Associação entre a União Europeia (UE) e Israel, depois de advertir que Gaza enfrenta uma "catástrofe humanitária prolongada" ao aproximar-se do "marco terrível" de 40 mil mortos.

Irlanda exige revisão de acordos entre União Europeia e Israel
Notícias ao Minuto

10:59 - 11/08/24 por Lusa

Mundo Irlanda

O chefe do governo de coligação dos democratas-cristãos, centristas e verdes de Dublin afirmou que o mundo está "à beira de um momento horrível", em resposta ao ataque israelita a uma escola de Gaza, no sábado, que matou mais de 100 pessoas - incluindo 19 milicianos do Hamas, segundo Israel - e feriu dezenas no local, que servia de abrigo para as pessoas deslocadas pela guerra.

 

Simon Harris considerou a ação "repulsiva", recordando que 490 escolas da Faixa de Gaza foram "bombardeadas ou danificadas" desde o início da guerra, em outubro passado, na sequência de ataques terroristas do Hamas em território israelita.

Tal como fez com Espanha em maio passado, o "taoiseach" (primeiro-ministro) voltou a pedir ao Conselho de Associação UE-Israel que analise se Telavive respeita os direitos humanos de acordo com as suas obrigações no âmbito do acordo.

"O acordo contém cláusulas relativas aos direitos humanos e não creio que seja aceitável que a UE continue a considerá-las redundantes", afirmou Harris.

Harris disse estar "chocado" com os "numerosos e indubitáveis crimes de guerra" cometidos em Gaza, mas advertiu que "não haverá impunidade" e que os responsáveis devem ser levados à justiça.

A este respeito, Harris insistiu que todas as ordens jurídicas vinculativas emitidas pelo Tribunal Internacional de Justiça devem ser integralmente aplicadas.

O primeiro-ministro concluiu a sua mensagem apelando a um cessar-fogo imediato, à libertação incondicional dos "reféns israelitas" e a que a ajuda humanitária chegue a Gaza sem entraves.

Leia Também: Ministro israelita critica Netanyahu por negociar trégua com o Hamas

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