"Alemanha ensinou-nos: Países podem escolher os seus destinos"
O chefe de Estado, Joe Biden, está esta sexta-feira na Alemanha, onde para além dos líderes nacionais, se deverá também encontrar com o presidente francês, Emmanuel Macron, e também com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer - ambos na Alemanha.
© RALF HIRSCHBERGER/AFP via Getty Images
Mundo Joe Biden
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursou, esta sexta-feira na capital alemã, onde falou sobre a guerra na Europa, a queda do Muro de Berlim e democracia.
Começando o seu discurso com este marco da História da Alemanha, que dividiu um país durante quase 30 anos, Biden falou sobre o apoio que é preciso dar até que a paz seja alcançada na Ucrânia.
"Para que mais uma vez, a dignidade humana prevaleça. Tudo pelo que passei ensinou-me que a História avança e que as coisas podem melhorar, se determinarmos que elas devem avançar. As coisas podem melhorar", afirmou.
O chefe de Estado dos EUA apontou ainda que o poder da democracia nunca deveria ser subestimado, assim como a importância das alianças.
"A Alemanha ensinou-nos a todos que a mudança é possível. Para o melhor ou para o pior, os países podem e escolhem os seus destinos", reforçou.
Para Biden, os aliados da NATO devem "manter o seu apoio" até que a Ucrânia obtenha "uma paz justa e duradoura", numa altura em que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se queixa de atrasos e hesitações na ajuda ocidental.
O chefe de Estado norte-americano - que chegou na quinta-feira à Alemanha para uma curta visita - condenou o "ataque cruel" do presidente russo, Vladimir Putin, lançado em fevereiro de 2022 contra a Ucrânia.
A Alemanha - o segundo fornecedor de armas a Kyiv depois dos Estados Unidos - já reduziu para metade, para quatro mil milhões de euros, o seu orçamento atribuído à Ucrânia para 2025.
Além disso, nenhuma das exigências feitas até agora por Zelensky no seu "plano de vitória", que apresentou à União Europeia (UE) e à NATO na quinta-feira em Bruxelas, encontrou até agora o apoio unânime do lado dos aliados ocidentais.
O apelo de Biden surge também numa altura em que a Ucrânia está a recuar na frente leste de combate e a sofrer bombardeamentos incessantes da artilharia russa, particularmente nas suas infraestruturas críticas.
Ao receber Biden em Berlim, o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, elogiou o líder norte-americano, considerando-o um "guia para a democracia", que mostrou um apoio inabalável à NATO e à Ucrânia "no momento mais perigoso desde o fim da Guerra Fria".
No âmbito desta deslocação, o chefe de Estado norte-americano foi hoje agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha, com a qual o país da Europa central quis agradecer a amizade entre os dois países, mas também realçar o contributo de Biden para a relação transatlântica e a defesa da democracia.
Entre os convidados da cerimónia estava Margot Friedlaender, de 102 anos, uma sobrevivente do Holocausto que cresceu em Berlim, foi internada no campo de concentração de Theresienstadt, emigrou para os Estados Unidos e depois regressou à sua cidade natal em 2010.
A visita à Alemanha estava marcada inicialmente para 10 a 13 de outubro, mas a passagem do furacão Milton pelos EUA adiou a viagem oficial, que começam esta sexta-feira.
Biden deverá ainda segue ainda hoje para uma reunião conjunta com o líder francês Emmanuel Macron e o líder britânico Keir Starmer, que também são esperados na capital alemã.
[Notícia atualizada às 14h04]
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