Partido da oposição japonesa considera "todas as opções" de coligação
O Partido Democrático Constitucional (PDC), principal partido da oposição japonesa, afirmou que está a considerar "todas as opções" para uma coligação, após as primeiras projeções das eleições de hoje revelarem a perda da maioria parlamentar pelo partido no poder.
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Mundo Japão
Questionado sobre a possibilidade de formar um Governo com outros partidos, o secretário-geral do PDC, Junya Ogawa, disse que iria considerar "todas as opções" e acrescentou que não queria dizer "nada definitivo enquanto as eleições ainda estão a decorrer".
As projeções para as eleições gerais feitas pela emissora estatal japonesa NHK indicam que o Partido Democrático Liberal (PDL, conservador de direita) perderá a sua maioria, fixada em 233 lugares num total de 465, e não é certo que consiga obter uma maioria com o seu atual parceiro governamental, o partido budista Komeito. Ao mesmo tempo, há um aumento da representação parlamentar ao PDC.
Se o PDL não obtiver a maioria "será um ponto de viragem importante na política", disse o porta-voz da principal força da oposição, liderada por Yoshihiko Noda.
Noda, cauteloso na avaliação dos resultados eleitorais, garantiu que o seu partido sentiu o apoio do povo japonês "do princípio ao fim da campanha eleitoral".
Questionado sobre uma hipotética coligação com o PDL, o líder da oposição disse: "Dependerá se [PDL e Komeito] obtiverem uma maioria ou não. Quero estar atento ao desenrolar da situação."
Um dos deputados fundadores do PDL, Yukio Edano, que foi porta-voz do Governo durante a crise nuclear de Fukushima em 2011, admitiu à NHK que "sem dúvida" o partido está a perder muitos lugares.
"Resta saber como é que eles aceitam isso", acrescentou.
O PDC baseou a sua campanha no slogan "A mudança de Governo é a maior reforma política".
Por seu lado, o Partido da Inovação, conservador, que é a quarta maior força parlamentar e está amplamente representado na prefeitura de Osaka, excluiu a possibilidade de se juntar ao PDL e ao Komeito se, em conjunto, também não conseguirem uma maioria.
"Enquanto o caso da política e do dinheiro não for esclarecido, não podemos confiar neles", disse o líder do partido, Nobuyuki Baba, numa conferência de imprensa, referindo-se ao caso dos fundos ilícitos do PDL, que manchou a imagem do partido e enfraqueceu a confiança dos seus eleitores.
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