Pais obrigaram filha a dieta rígida. Com 17 anos tinha apenas 28 kg
Professoras de dança da vítima foram quem deram o alerta para a situação, desencadeado uma investigação ao comportamento dos pais.
© X/9News Perth
Mundo Austrália
Os pais de uma jovem australiana, da região de Perth, estão a ser julgados por terem obrigado a filha a uma dieta de tal forma rígida, que corria o risco de sofrer fraturas pelo simples facto de saltar. A jovem de 17 anos tinha apenas 28 kg.
O caso começou a ser revelado, segundo reporta o Daily Mail, quando a professora de ballet da menina mostrou preocupação com a saúde da sua aluna e decidiu falar com a mãe da jovem, pensando que esta sofria de anorexia. A mãe, contudo, defendeu que tudo estava bem e ignorou os alertas.
Os serviços sociais foram então avisados, em novembro de 2020, e durante quatro meses andaram atrás da família, que insistia que estava tudo bem com a sua filha única. Nos anos que se seguiram, os pais foram aconselhados a ir ao médico com a filha, para confirmar se o seu estado de saúde estava estável. Conselho este que foi adiado por diversas vezes.
A child protection worker's repeated attempts to have a "malnourished" Floreat teenager medically assessed were ignored by her parents for four months, a court has been told.
— 9News Perth (@9NewsPerth) October 25, 2024
The teenager was eventually examined by a GP, with grave concerns over the girl's weight. #9News pic.twitter.com/jCvJfLqriU
A jovem, que nunca menstruara apesar de estar na puberdade, afirmou que comia regularmente morangos e peras biológicas, sopa e gelado.
Quando os pais finalmente consentiram em levar a filha ao Perth Hospital, os médicos diagnosticaram-lhe uma desnutrição de grau 4 e ordenaram a realização de radiografias e a colocação de uma sonda nasogástrica durante cinco dias, antes de lhe instituírem um plano alimentar. O 9 News Perth noticia mesmo que os médicos referiram que a jovem eram "um caso médico urgente".
Em tribunal ouviu-se, ainda, que os pais tentaram alterar a sua idade num relatório médico, alegando que esta tinha 14 anos. O caso prossegue em tribunal.
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