Iraniano-alemão que vivia nos EUA foi executado no Irão por terrorismo

O prisioneiro iraniano-alemão Jamshid Sharmahd, que foi raptado no Dubai em 2020 pelas forças de segurança iranianas, foi executado no Irão depois de ter sido condenado por terrorismo, informaram hoje as autoridades judiciais.

© INA FASSBENDER/AFP via Getty Images

Lusa
28/10/2024 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Irão/Israel

A agência de notícias judiciária Mizan informou que a sua execução ocorreu na manhã de hoje.

 

O Irão acusou Sharmahd, que vivia em Glendora, na Califórnia, Estados Unidos da América, de planear um ataque a uma mesquita em 2008, que matou 14 pessoas e feriu mais de 200, bem como de planear outros ataques através da Assembleia do Reino do Irão e do seu braço militar Tondar.

O Irão acusou ainda Sharmahd de "revelar informações confidenciais" sobre locais de mísseis da Guarda Revolucionária paramilitar do Irão durante um programa televisivo em 2017.

"Sem dúvida, a promessa divina em relação aos apoiantes do terrorismo será cumprida. E esta é uma promessa definitiva", afirmou o poder judicial ao anunciar a sua sentença.

A família de Sharmahd contestou as acusações e tem estado empenhada, há vários anos, em libertá-lo.

Sharmahd esteve no Dubai em 2020, tendo tentado viajar para a Índia para um acordo comercial que envolvesse a sua empresa de 'software'.

Na altura, Sharmahd esperava conseguir um voo de ligação, apesar da pandemia de covid-19 em curso interromper as viagens globais na altura.

A família de Sharmahd recebeu a última mensagem dele a 28 de julho de 2020.

A investigação de rastreio de comunicações revelou que o telemóvel de Sharmahd viajou para sul, do Dubai até à cidade de Al Ain, em 29 de julho, atravessando a fronteira com Omã e pernoitando perto de uma escola islâmica na cidade fronteiriça de al-Buraimi.

Em 30 de julho, os dados de rastreio mostraram que o telemóvel viajou para a cidade portuária de Sohar, em Omã, onde o sinal foi interrompido.

Dois dias depois, o Irão anunciou que tinha capturado Sharmahd numa "operação complexa".

O Ministério dos Serviços de Informações publicou uma fotografia dele com os olhos vendados.

Leia Também: Egito propõe trégua em Gaza para troca de reféns por presos palestinianos

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