Homem liga ao 911 a pedir ajuda e acaba morto a tiro pela polícia em casa
Brandon Durham, de 43 anos, ligou aos serviços de emergência a pedir ajuda após alguém ter invadido a sua casa. Acabou morto com seis tiros da polícia.
© Reprodução/X
Mundo EUA
Um homem de 43 anos foi morto a tiro em casa por um agente da polícia de Las Vegas, nos Estados Unidos, na semana passada, após ter ligado aos serviços de emergência a pedir ajuda e de ter lutado com uma mulher por causa de uma faca.
Segundo a CNN Internacional, que cita as autoridades norte-americanas, a Polícia Metropolitana de Las Vegas recebeu várias chamadas sobre um tiroteio em Wine River Drive, na madrugada do passado dia 12 de novembro.
O homem, identificado como Brandon Durham, estava sozinho em casa com a filha de 15 anos e ligou ao 911 [o serviço de emergência dos Estados Unidos] a dar conta que havia pessoas a disparar contra a sua casa e que tinham arrombado a porta.
Em conferência de imprensa, o xerife adjunto Dori Koren, adiantou que três agentes responderam à ocorrência, depararam-se com carros e janelas danificadas e gritos no interior da habitação. Um dos agentes, Alexander Bookman, decidiu arrombar a porta de casa, onde estava Durham e Alejandra Boudreaux, uma mulher de 31 anos, a lutar com uma faca.
A mulher mantinha uma relação com a vítima e entrou na sua habitação, envolvendo-se num "confronto aceso".
As imagens gravadas pelas 'bodycams' dos agentes mostram que Bookman gritou: "Larga a faca! Largue a faca!" e disparou um tiro, atingindo Durham e atirando o casal para o chão. Já no chão, o homem de 43 anos foi baleado por Bookman mais cinco vezes.
"Depois dos disparos, [Boudreaux] disse ao agente que tinha disparado contra a pessoa errada", lê-se no relatório da detenção, a que a CNN Internacional teve acesso. O óbito foi declarado no local.
— LVMPD (@LVMPD) November 15, 2024
Agora, o advogado da família de Durham considerou que "deve ser imediatamente emitido um mandado de captura para o agente Alexander Bookman".
Por seu turno, o advogado do agente defendeu que "ao contrário de um caso civil, em que está em causa a negligência de um indivíduo, os casos criminais exigem a prova da intenção criminosa de uma pessoa". "Embora a morte do Sr. Durham seja trágica, o agente Bookman estava a fazer o seu trabalho e não tinha intenção de cometer um crime", frisou.
Também Steven Wolfson, procurador do condado de Clark, considerou que "serão necessárias semanas, se não meses, para que o Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas conclua a sua investigação" e, por isso, seria "inadequado expressar uma opinião sobre se serão apresentadas acusações criminais".
O relatório de detenção explica que Brandon Durham e Alejandra Boudreaux tinham uma relação "casual e sexual", e que a mulher andava com "tendências suicidas há alguns dias", tendo invadido a casa do companheiro depois de decidir que "ia morrer".
"Queria que os polícias me matassem a tiro. E eu queria que [Durham] vivesse os destroços que eu causei na casa dele", disse a mulher à polícia, acrescentando que usou pedras para invadir a casa e pegou na faca de cozinha, antes de se dirigir ao quarto.
"Sinto que sou responsável pelo que levou a tudo", confessou.
Durante o incidente, a filha de 15 anos da vítima, cujo nome foi omitido no relatório da polícia devido à sua idade, disse à polícia que "estava assustada e a tremer dentro do seu quarto, segurando o seu cão" e que "temia pela sua vida".
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