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Rússia expulsa diplomata britânico por alegada espionagem
A Rússia anunciou hoje que vai expulsar um diplomata britânico, acusado de espionagem e de ter comunicado informações pessoais "falsas" às autoridades quando chegou ao país, pondo em causa a segurança nacional do país.
© Getty Imagens
Mundo Espionagem
Segundo o serviço secreto russo (Serviço Federal de Segurança, FSB), a decisão foi tomada depois de terem sido "detetados sinais de espionagem e atividades subversivas levadas a cabo por este diplomata", avançou a agência russa de notícias Interfax.
O FSB especificou ainda que os "dados falsos" fornecidos pelo segundo secretário do departamento político da embaixada britânica "violaram a legislação russa", pelo que a acreditação diplomática foi revogada.
O serviço menciona, inclusive, o nome do diplomata em causa, Wilkes Edward Pryor, o que é pouco habitual nestes casos, sendo normalmente o Ministério dos Negócios Estrangeiros que publica estas notificações.
De acordo com o FSB, Pryor, que tem agora duas semanas para abandonar a Rússia, foi um dos substitutos de seis diplomatas expulsos em agosto passado por espionagem.
Paralelamente, o embaixador britânico em Moscovo, Nigel Casey, foi convocado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, segundo informou a porta-voz do ministério, Maria Zakharova.
Também hoje as autoridades russas deram conta da detenção de um cidadão britânico que combatia com as tropas ucranianas em Kursk.
Em causa está um jovem de 22 anos chamado James Scott Rhys Anderson e que já serviu no exército britânico.
Em maio passado, Londres anunciou que iria expulsar o oficial de defesa da Rússia no Reino Unido, considerando-o "um agente dos serviços de informação militar não declarado".
Além disso, o ministro do Interior, James Cleverly, anunciou na Câmara dos Comuns que várias instalações diplomáticas russas que operam no país iriam ser encerradas.
Londres garantiu ainda que vai impor restrições aos vistos diplomáticos russos, como o estabelecimento de um limite para o tempo de permanência no Reino Unido.
Leia Também: Rússia vai votar projeto de lei que possibilita reconhecimento de talibãs
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